Eduardo Cunha diz que seu silêncio "nunca esteve à venda"Preso na Lava Jato desde outubro do ano passado, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) disse nesta quarta-feira (14), em depoimento à Polícia Federal, em Curitiba, que seu silêncio “nunca esteve à venda”, negando que tenha recebido propina para não fazer delação premiada. Cunha negou, ainda, que tenha sido procurado pelo presidente Michel Temer com o objetivo de negociar o silêncio.

À saída da PF, o advogado do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Sánchez Rios, afirmou que ele respondeu a pouco mais da metade das 47 perguntas formuladas pelos investigadores. Questionado pelos jornalistas se Cunha teve contato com os irmãos Batista, da JBS, o advogado do ex-deputado respondeu: “Qual político no Brasil não teve?”.

O ex-presidente da Câmara prestou depoimento como testemunha no inquérito que apura os crimes de organização criminosa, corrupção e obstrução de Justiça contra Temer, no âmbito da delação de executivos da empresa JBS. No inquérito, a Procuradoria-Geral da República afirma que Cunha aparece como beneficiário de mesadas em troca de não fazer acordo para delatar aliados do PMDB, dentre os quais Michel Temer.

Do Jornal do Brasil