Do Correio Brasiliense
A anulação da lei anti-homofobia, que estabelecia punições em caso de discriminação por orientação sexual, provocou a reação de parlamentares progressistas e de grupos LGBTs — lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais.
Dezenas de manifestantes compareceram ontem à galeria da Câmara Legislativa para criticar a votação, articulada pela bancada evangélica na última segunda-feira. Em resposta, os distritais Ricardo Vale (PT) e Liliane Roriz (PTB), que não compareceu à votação no início da semana, garantiram a apresentação de projeto de decreto legislativo para revogar o pleito.
A movimentação de ativistas começou antes da sessão de terça-feira, em frente à sede do Legislativo local. Em coro, gritaram os nomes dos parlamentares que votaram pela anulação da lei: “Ô, deputado, que papelão! Nosso direito você não revoga, não!”
Às 15h20, todos entraram na galeria do plenário, onde acompanharam a sessão. Durante o debate, realizado ao lado de uma grande bandeira caracterizada pelas cores do arco-íris, muitos manifestantes disseram que nenhum deputado da bancada evangélica (veja quadro) receberá apoio do grupo LGBTs na corrida eleitoral de 2018.