Adutora quebra mais uma vez e deixa onze municípios sem água

O sistema adutor do pajeú entre a captação localizada no lago formado pela represa de itaparica em Floresta e a cidade de serra talhada é composta por 3 estações elevatórias ( estações de bombeamento) do tipo booster, ou seja , não há reservatórios nas estações,onde a agua é aduzida pela parte trazeira da bomba e recalcada para a próxima estação em linha , modelo de bomba mais indicado par esse tipo de operação. A operação e monitorada 24 horas por operadores e por uma equipe técnica , entre coordenadores , eng. elétricos , mecânicos e civis que ficam de sobreaviso e contatos permanentes com essas estações elevatórias . O sistema booster e projetado para identificar qualquer diminuição de pressões e vazões à montante e a jusante da adutora por meio de inversores de frequência , que diminuem gradativamente a rotação das bombas e consequentemente sua vazão e pressão até a parada em definitivo das bombas caso necessário para realização de alguma manutenção emergencial ( corretiva ) ou programada ( preventiva) das bombas. Esta parada a qual chamamos de parada em RAMPA, é para evitar as sobrepressões ( golpes de ariete ou ondas de choque hidraulico) que são originadas pelo retorno brusco da agua que está sendo recalcada nas tubulações provocadas por paradas não programadas,que se não forem controladas , vão provocar a movimentação dos blocos de ancoragem da adutora , assim como o desacoplamento dos tubos,o que geralmente ocorre nas faltas de fornecimento de energia elétrica. Existe um outro dispositivo instalado ente as estações elevatórias a que chamamos de " TAU" ( tanque de amortecimento unidirecional) , que são aqueles reservatórios metálicos compridos que vemos ao lado da adutora, que na verdade funcionam como uma espécie de " freio da agua " que está retornando em alta velocidade na tubulação, que tem a principal função de reduzir a onda de choque ou transiente hidraulico. Segundo informações de funcionários da compesa, pessoas não autorizadas entram nas áreas desses tanques , danificam os dispositivos bloqueadores e abrem os registros de descarga de fundo, provocando a diminuição da agua armazenada, que devem permanecer no nível da pressão do trecho ( linha de carga ou piezométrica) os quais são projetados para entrar em operação automaticamente quando da diminuição da pressão interna provocada por algum vazamento,ou mesmo paradas bruscas de bombeamento, por falta de energia elétrica ou mesmo acionamentos indevidos provocados por pessoas não autorizadas nas descargas e ventosas instaladas durante o trajeto da adutora. Portanto qualquer parada não programada de fornecimento energia as estações elevatórias, poderá acarretar danos à adutora , caso os sistemas de proteção não estejam funcionado adequadamente ,ocasionando deslocamento dos blocos de ancoragem como também o desacoplamento dos tubos de ferro fundido, projetados para suportarem os empuxos da agua em movimento e as elevadas pressões internas nos tubos. Tenho a convicção de que corpo técnico da compesa, não tem medido esforços para diagnosticar e sanar com rapidez os problemas originados por atos de vandalismo provocados na adutora, como na manutenções corretivas quando da interrupção de energia elétrica nas elevatórias, evitando portanto que as cidades servidas atualmente apenas pela adutora do pajeú, não sejam duplamente penalizadas além do racionamento rigoroso mas necessário, por que passamos atualmente na cidade de Serra Talhada.

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