Com uma taxa de óbitos entre soropositivos maior que a média nacional e o incremento de mortes no grupo de jovens com Aids nos últimos anos, Pernambuco quer entender o que está acontecendo com os pacientes de HIV.
Para analisar o que está contribuindo para essa elevação de padrão na mortalidade, o Estado criou um comitê de investigação de óbitos por Aids.
Nele, serão triados pacientes que falecerem com menos de 25 anos de idade e aqueles que tinham menos de 50 anos e apresentavam coinfecção de HIV e tuberculose. Anteriormente, não havia rotina de investigação para a morte de pacientes soropositivos.
“Hoje, teoricamente, ninguém deveria morrer de Aids. Temos uma gama de medicamentos que são eficazes, modernos, têm cada vez menos efeitos colaterais e que agem na infecção desde que o paciente tenha adesão ao tratamento“, lamentou o gerente do Programa Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), François Figueiroa.
Os números assustam. Em Pernambuco, a mortalidade por Aids é de 6,2 por cada 100 mil habitantes, quando a média nacional é de 5,7. Desde 2014, as mortes têm ficado acima de 600 no Estado. Foram 621 em 2014, 627 em 2015 e 625 em 2016.