A Venezuela prendeu ao menos 15 oficiais militares durante sua amplamente criticada eleição presidencial do fim de semana, segundo um grupo local de direitos humanos. O Ministério de Defesa venezuelano não respondeu de imediato a pedido por comentários, segundo a Reuters.
O grupo local Foro Penal disse na noite de quarta-feira que identificou 15 oficiais detidos por “razões políticas” a partir de três dias antes da votação de domingo, na qual o presidente socialista Nicolás Maduro foi reeleito.
O grupo de direitos humanos não forneceu mais detalhes sobre as prisões ou suas motivações, mas denunciou a existência de 373 “prisioneiros políticos” no total na Venezuela.
O governo Maduro rejeita esse termo, dizendo que todos os políticos e membros das forças de segurança presos foram detidos por acusações criminais legítimas, incluindo conspiração para golpe.
Eleição
Nicolás Maduro foi reeleito para mais 6 anos de mandato após as eleições deste domingo (20), que tiveram horário ampliado, denúncias de fraude, tentativa de boicote da oposição, abstenção de 54% e falta de reconhecimento por grande parte da comunidade internacional.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, o chavista obteve 5.823.728 votos. A presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, anunciou que a votação teve a participação de 46% do eleitorado e um total de 8,6 milhões de votos.