Sebastião diz que irá proteger os pobres na refomaPublicado às 14h30 desta quarta-feira (8)

O Deputado Federal Sebastião Oliveira (PR) deixou claro, nesta quarta-feira (8), que não irá fazer o jogo do governo Bolsonaro, aprovando o projeto de reforma da Previdência tal qual foi enviado pelo governo à Câmara dos Deputados.

Falando ao programa Frequência Democrática, na rádio Vila Bela FM, ‘Sebá’ criticou o formato do projeto, que se assemelha a ‘uma reforma de estado’ e deixou claro que não pretende trair os interesses dos trabalhadores.

“Estamos nos apropriando da matéria, mas quero dizer a população de Serra Talhada que se alguém tem que pagar pela Previdência tem que ser os mais ricos, e não os mais pobres. A Previdência hoje taxa pessoas entre dois e cinco salários mínimos como se fossem ricos, quando na realidade a gente sabe que não são. Há também uma distorção quanto aos trabalhadores rurais, quanto aos professores, a questão do Benefício Continuado (BPC). Os parlamentares estão se movimentando para apresentar emendas ao texto”, reforçou Oliveira, afirmando que já prepara uma emenda à proposta.

“Eu por exemplo estou apresentando uma emenda sobre o trabalhador rural para retirar da reforma da Previdência. Não dá para a gente taxar trabalhador rural, professor, querer postergar o benefício do BPC. Isso são coisas que nós não vamos admitir e vamos trabalhar contra”.

COMBATER PRIVILÉGIOS

Sebastião Oliveira comentou, também, que está debruçado no projeto bolsonarista para identificar e cortar os privilégios.

“Se há algum privilégio nos funcionários que ganham mais, vamos sim adequar a uma nova realidade. Dar alguma sobrevida aos brasileiros em algumas regiões, algumas profissões, alguns seguimentos da sociedade, mas obviamente isso não aconteceu no Nordeste, com o povo pobre, com a classe D e E”,disse Oliveira, cravando:

“Nós não vamos permitir essa sangria que vem com essa reforma. Isso nós queremos deixar tranquila a população de Serra Talhada, nós vamos querer que os mais pobres continuem comprando, pagando e circulando o dinheiro, comprando mercadorias na nossa cidade, em Triunfo, em Calumbi, em toda a região”.