Por Adelmo Santos, Poeta e escritor, membro da Academia Serra-talhadense de Letras
Publicado às 05h36 deste domingo (3)
Em pé, da esquerda para a direita: Roseno, Capiti, Ezaul, Carcará, Tadeu de Micena e Burica. Agachados: Mané Garrincha, Fernando da Favela, Antônio Caju, Mimi e Chico de Roxa. Esse jogo foi contra a seleção de Arcoverde, que veio para Serra Talhada, representada pelo time do Democratas. A seleção serra-talhadense perdeu por 1 X 0. Esse jogo fez parte de uma excursão que Mané Garrincha vinha fazendo por algumas cidades do interior nordestino.
Foi um momento de muita emoção no Estádio Pereirão, a torcida vibrou muito com as jogadas de Garrincha, que era a grande atração. Mané Garrincha foi sem dúvida o maior ponta-direita do futebol mundial e o jogador mais famoso que jogou em Serra Talhada, no Estádio Pereirão. E o melhor disso tudo, que deixou todos contentes, é que Garrincha defendeu a seleção serra-talhadense.
Eu vi Garrincha na cidade pelas ruas, vestido numa bermuda, camiseta e uma sandália havaiana. Na mão, levava uma gaiola com um canário do reino, sentindo muita emoção, na maior simplicidade para um monstro sagrado do futebol brasileiro, que com suas pernas tortas, conquistou o mundo inteiro. Ele foi um gênio ingênuo com muita simplicidade, cheio de histórias pra contar.
Na copa de 1958, na Suécia, Garrincha comprou um radinho de pilha e acabou deixando lá. Porque disseram para ele que quando chegasse no Brasil, o rádio só iria falar sueco.
Dos jogadores que fizeram parte dessa seleção, Roseno é falecido, Capiti mora em São Paulo. Ezaul, Carcará e Tadeu de Micena moram em Serra Talhada. Burica e Mané Garrincha são falecidos. Fernando da Favela mora em São Paulo, Antônio Caju mora em Recife, Mimi não tenho notícia e Chico de Roxa é falecido. Mané Garrincha se estivesse vivo, teria completado 86 anos, no dia 28 de outubro.
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