Do G1
Dois manifestantes que ficaram feridos em confrontos com as forças de segurança morreram nesta segunda-feira (27) no Iraque, informaram médicos à agência France Presse. Eles foram atingidos por bombas de gás lacrimogêneo em confrontos noturnos na Praça Tahrir, em Bagdá.
Estes são os primeiros confrontos na praça emblemática da capital iraquiana, epicentro de uma revolta sem precedentes lançada em outubro, desde que o governo de Mustafa Al-Kazimi chegou ao poder no início de maio.
No domingo, protestos foram registrados em Bagdá e em várias cidades do sul do país para denunciar a falta de eletricidade, um serviço público que atualmente é oferecido apenas algumas horas por dia, quando as temperaturas ultrapassaram os 50°C no Iraque na semana passada.
Ano após ano, o verão é o momento tradicional de protestos motivados, por exemplo, por cortes de energia.
Vários ministros perderam seus cargos no passado para satisfazer a pressão popular.
Foi na Praça Tahrir que uma revolta popular sem precedentes começou em outubro, que durou vários meses e deixou mais de 550 mortos e 30 mil feridos.
Kazimi e seu governo assumiram o poder com o compromisso de esclarecer essas mortes e atos de violência.