Publicado às 03h50 desta quarta-feira (29)
A reportagem do Farol conversou com dois candidatos que foram descartados da seleção para trabalho no Hospital de Campanha, em Serra Talhada, que sentem-se injustiçados em função de uma boa pontuação nos testes e entrevistas.
Curiosamente, as revelações dos candidatos vêm à tona após o vazamento de áudios que envolvem um vereador de Serra Talhada, da oposição, e um pré-candidato ao parlamento, também ligado a oposição.
Nessa terça-feira (28), os comunicadores Francys Maya e Giovanni Sá, cobraram uma investigação dos fatos por parte do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
DEPOIMENTOS CANDIDATOS
Laylla Vanessa França
FAROL – Qual seu nome?
Meu nome é Laylla Vanessa França Silva, concorri ao cargo de farmacêutica no Hospital de Campanha de Serra Talhada.
FAROL – Qual a sua denúncia?
Na primeira etapa de avaliação curricular, na qual fui aprovada e selecionada para a prova objetiva, fiquei em 5° lugar e consequentemente fui convocada para uma simples entrevista na qual era apenas com perguntas pessoais do tipo: “Fale de sua formação acadêmica, seus objetivos “. Coisa bem simples de 1 minuto no máximo. Eram 6 vagas, eu tinha ficado em 5° lugar. Fiz minha entrevista e esperava está classificada entre os 6 farmacêuticos, porém quando saiu o resultado final meu nome não apareceu.
FAROL – Porque você acredita que houve ingerência política?
Candidatos que ficaram em posição inferior a mim foram convocados. Dos 6 melhores na prova objetiva eles tiram 2 e colocaram pessoas que estava com nota mais abaixo do que a nossa. Agora me pergunto: como uma entrevista bem simples desclassifica um candidato? Quero clareza sobre como eles avaliaram os candidatos.
Francisco de Assis Paulino
FAROL – Qual o seu nome?
Meu nome é Francisco de Assis Paulino Neto, concorri ao cargo de copeiro hospitalar do Hospital de Campanha de Serra Talhada.
FAROL – No seu caso, o que ocorreu?
Na primeira etapa foi avaliação curricular na qual fui aprovado e selecionado para a prova objetiva onde fiquei em 1º lugar e consequentemente fui convocado para uma simples entrevista que não durou 3 minutos, tenho consciência que me sai muito bem na entrevista, pois não perguntaram nada demais.
FAROL – Como era a ordem de chamada para essa entrevista?
A ordem de chamada para a entrevista era pela ordem de colocação na prova objetiva, então logicamente eu seria o primeiro a ser chamado, fui o segundo, até aí tudo bem, queria era que chegasse minha vez, após ser entrevistado saí com a certeza que teria meu nome divulgado na lista final, na entrevista eram apenas 25 pessoas para 16 vagas.
FAROL – E o que aconteceu?
Ao sair o resultado fiquei surpreso ao não ver meu nome entre os 15 selecionados, quando eram pra ser 16, não estou desmerecendo nenhum dos selecionados, mas como eu estava em primeiro em 1 dia e no dia seguinte nem meu nome saiu na lista? Pessoas que ficaram em 25°, 24° foram classificados e eu em primeiro não?
FAROL – Faltou transparência, na sua opinião?
Queria mais transparência nesse processo seletivo sim e quero uma explicação dos responsáveis, sei que assim como eu tem muito mais pessoas, então é uma falta de respeito a gente não ter uma justificativa, tenho certeza que meu nome era para estar na lista e por isso vou atrás dos meus direitos, quem sabe assim não aparece mais gente na mesma situação que eu e que merece o mesmo respeito por parte da organização.
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