Da Revista Fórum

Após lockdown, prefeito de Araraquara é ameaçado de morte
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT), tem recebido ameaças de morte desde que decretou lockdown na cidade. Além disso, Silva teve o endereço de sua casa divulgado nas redes.

Segundo informações do UOL, homens “encapuzados”, por meio do Facebook, ameaçaram ir à casa do prefeito e esfaqueá-lo de “baixo para cima”.

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Outra publicação, que era acompanhada do endereço da casa do prefeito, escreveu “aqui tem coragem. Queria só um round com ele primeiro”.

Antes de registrar o Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, Edinho Silva acionou a Polícia Militar.

Após 32 dias de lockdown, Araraquara registra queda de mortes e de novos casos por Covi-19

Depois de 32 dias de lockdown, o espalhamento do vírus começa a recuar em Araraquara (SP). De acordo com dados divulgados pela gestão de Edinho Silva (PT), a média móvel de casos reduziu 58% (de 189 para 80).

O total de novos casos reduziu 57,7%, ou seja, de 1.327 (pico) para 564. As internações caíram 21%, passando de 218, no início do lockdown, para 172. Uma queda de 31%.

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Todavia, a prefeitura de Araraquara alerta para o fato de que a situação ainda é grave. Desde o dia 10 de fevereiro o município tem registrado mortes diariamente e o mês de março tem sido recordista em óbitos.

Prefeita de Juiz de Fora também é ameaçada de morte

A prefeita de Juiz de Fora (MG), Margaria Salomão (PT), também foi ameaça de morte depois de decretar lockdown em sua cidade. Salomão encaminhou uma notícia-crime e prestou depoimento à Policia Civil.

“Eu sou defensora do diálogo, mas sempre serei intolerante com os intolerantes. Não é admissível que a divergência se expresse pela violência, que alguém queira eliminar o seu adversário”, disse a prefeita ao Yahoo.

Salomão revelo que chegou a conversar com grupos que tem se manifestado contra as medidas de lockdown. “Conversei com eles, ouvi suas ponderações, que são legítimas no campo da expressão”, disse.

A prefeita de Juiz de Fora decidiu decretar o lockdown depois que a ocupação dos leitos de UTI atingiu 100%.