Do Folha de São Paulo

Uma semana após um terremoto de magnitude 7,2 atingir a parte sudoeste do Haiti, 24 pessoas foram encontradas vivas na região montanhosa do Pic de Macaya, localizada entre as cidades de Les Cayes e Jérémie, duas das mais afetadas pelo tremor. Dos sobreviventes, quatro são crianças.

Segundo informou a Proteção Civil haitiana neste domingo (22), o grupo foi transportado de helicóptero para a cidade de Camp-Perrin, a noroeste de Les Cayes, para receber assistência médica e alimentar. Não foram divulgados detalhes de como eles passaram os dias desde o sismo.

A contagem oficial de mortos após o abalo que atingiu o país em 14 de agosto subiu para 2.207 no último fim de semana. Ao menos 344 pessoas estão desaparecidas, e outras 12.268, feridas.

Mais danos materiais também são observados à medida que as autoridades locais conseguem avançar nos territórios afetados. Cerca de 130 mil casas tiveram a estrutura comprometida pelo tremor, e 600 mil haitianos foram diretamente afetados —o país tem pouco mais de 11 milhões de habitantes.

Na noite de domingo, um tremor secundário, de magnitude 4,5, foi registrado pelo centro sismológico haitiano na cidade de Barradères, no departamento de Nippes. As autoridades não confirmaram novos estragos, mas a Proteção Civil pediu aos cidadãos que tomem cuidado com prédios já rachados.

De acordo com informações do jornal haitiano Le Nouvelliste, 266 escolas das redes pública e privada foram destruídas ou parcialmente danificadas durante o terremoto, muitas das quais ainda em reconstrução após a passagem do furacão Matthew, que há cinco anos deixou mais de 800 mortos no país caribenho. Três estudantes morreram.

Autoridades haitianas têm encontrado dificuldades para distribuir água e alimentos em lugares remotos devido à presença de gangues locais, que têm intensa atuação comunitária desde a década de 1990 e vêm bloqueando algumas vias. “Temos um problema de segurança que está cada vez mais evidente”, disse à agência de notícias AFP o diretor da Proteção Civil, Jerry Chandler.

Na sexta-feira (20), comboios humanitários da organização cristã Food for the Poor que rumavam para as cidades mais afetadas foram saqueados nas cidades de Camp-Perrin, Duchity e Riviere Glace.

Outro desafio é o de não repetir as estratégias adotadas no terremoto de 2010 —que deixou mais de 220 mil vítimas— e que, hoje, são consideradas malsucedidas. Uma delas culminou na concentração de pessoas em grandes acampamentos informais, os chamados campos de deslocados, que tomaram conta do país após a tragédia e a letárgica ajuda internacional.

À AFP a coordenadora da OIM (Organização Internacional para as Migrações), Federica Cecchet, disse que essa é uma prioridade. “Não haverá distribuição de barracas nem criação de acampamentos”, afirmou. “Vamos adotar estratégias que permitam às pessoas reparar e reconstruir suas casas.”

A destruição em larga escala de 2010 danificou 300 mil casas, deslocando mais de 1,6 milhão de haitianos. A situação agravou a insegurança alimentar no país —algo que, segundo as projeções, deve se repetir após o terremoto de 14 de agosto.

A precariedade da infraestrutura urbana foi um dos fatores que agravaram os impactos do sismo. Somou-se a ela a passagem da tempestade tropical Grace poucos dias após o tremor, dificultando o resgate das vítimas.

O país tem recebido um fluxo de ajuda humanitária internacional. Neste domingo domingo, chegaram as doações brasileiras: aproximadamente 7 toneladas de equipamentos de emergência e 3,5 toneladas de medicamentos. O Brasil também enviou 32 bombeiros para ajudar no trabalho de resgate das vítimas.

A Suíça doou 1 milhão de francos suíços (R$ 5,9 milhões) para a Cruz Vermelha, que atua no país. Também enviou na quinta (19) uma equipe com dois especialistas em saneamento, dois engenheiros e um especialista em desastres naturais para ajudar na reconstrução das áreas destruídas.

A União Europeia (UE), que mobilizou 3 milhões de euros (R$ 18,9 milhões) para o país, anunciou o envio de uma equipe de 12 especialistas e dois oficiais do Centro de Coordenação de Respostas a Emergência europeu.

Uma semana após um terremoto de magnitude 7,2 atingir a parte sudoeste do Haiti, 24 pessoas foram encontradas vivas na região montanhosa do Pic de Macaya, localizada entre as cidades de Les Cayes e Jérémie, duas das mais afetadas pelo tremor. Dos sobreviventes, quatro são crianças.

Segundo informou a Proteção Civil haitiana neste domingo (22), o grupo foi transportado de helicóptero para a cidade de Camp-Perrin, a noroeste de Les Cayes, para receber assistência médica e alimentar. Não foram divulgados detalhes de como eles passaram os dias desde o sismo.

A contagem oficial de mortos após o abalo que atingiu o país em 14 de agosto subiu para 2.207 no último fim de semana. Ao menos 344 pessoas estão desaparecidas, e outras 12.268, feridas.

Mais danos materiais também são observados à medida que as autoridades locais conseguem avançar nos territórios afetados. Cerca de 130 mil casas tiveram a estrutura comprometida pelo tremor, e 600 mil haitianos foram diretamente afetados —o país tem pouco mais de 11 milhões de habitantes.

Na noite de domingo, um tremor secundário, de magnitude 4,5, foi registrado pelo centro sismológico haitiano na cidade de Barradères, no departamento de Nippes. As autoridades não confirmaram novos estragos, mas a Proteção Civil pediu aos cidadãos que tomem cuidado com prédios já rachados.

De acordo com informações do jornal haitiano Le Nouvelliste, 266 escolas das redes pública e privada foram destruídas ou parcialmente danificadas durante o terremoto, muitas das quais ainda em reconstrução após a passagem do furacão Matthew, que há cinco anos deixou mais de 800 mortos no país caribenho. Três estudantes morreram.

Autoridades haitianas têm encontrado dificuldades para distribuir água e alimentos em lugares remotos devido à presença de gangues locais, que têm intensa atuação comunitária desde a década de 1990 e vêm bloqueando algumas vias. “Temos um problema de segurança que está cada vez mais evidente”, disse à agência de notícias AFP o diretor da Proteção Civil, Jerry Chandler.

Na sexta-feira (20), comboios humanitários da organização cristã Food for the Poor que rumavam para as cidades mais afetadas foram saqueados nas cidades de Camp-Perrin, Duchity e Riviere Glace.

Outro desafio é o de não repetir as estratégias adotadas no terremoto de 2010 —que deixou mais de 220 mil vítimas— e que, hoje, são consideradas malsucedidas. Uma delas culminou na concentração de pessoas em grandes acampamentos informais, os chamados campos de deslocados, que tomaram conta do país após a tragédia e a letárgica ajuda internacional.

À AFP a coordenadora da OIM (Organização Internacional para as Migrações), Federica Cecchet, disse que essa é uma prioridade. “Não haverá distribuição de barracas nem criação de acampamentos”, afirmou. “Vamos adotar estratégias que permitam às pessoas reparar e reconstruir suas casas.”

A destruição em larga escala de 2010 danificou 300 mil casas, deslocando mais de 1,6 milhão de haitianos. A situação agravou a insegurança alimentar no país —algo que, segundo as projeções, deve se repetir após o terremoto de 14 de agosto.

A precariedade da infraestrutura urbana foi um dos fatores que agravaram os impactos do sismo. Somou-se a ela a passagem da tempestade tropical Grace poucos dias após o tremor, dificultando o resgate das vítimas.

O país tem recebido um fluxo de ajuda humanitária internacional. Neste domingo domingo, chegaram as doações brasileiras: aproximadamente 7 toneladas de equipamentos de emergência e 3,5 toneladas de medicamentos. O Brasil também enviou 32 bombeiros para ajudar no trabalho de resgate das vítimas.

A Suíça doou 1 milhão de francos suíços (R$ 5,9 milhões) para a Cruz Vermelha, que atua no país. Também enviou na quinta (19) uma equipe com dois especialistas em saneamento, dois engenheiros e um especialista em desastres naturais para ajudar na reconstrução das áreas destruídas.

A União Europeia (UE), que mobilizou 3 milhões de euros (R$ 18,9 milhões) para o país, anunciou o envio de uma equipe de 12 especialistas e dois oficiais do Centro de Coordenação de Respostas a Emergência europeu.