Cadeirante vive drama para cuidar de filho especialPublicado às 05h38 desta quinta-feira (2)

Nessa quarta-feira (1º), a aposentada Rita Gomes de Carvalho, 75 anos, entrou em contato com o Farol de Notícias para pedir ajuda. O seu filho Roberto Gomes de Carvalho, 45 anos, é dependente e acamado, tem a mentalidade de um bebê, consequência de uma meningite e está há 2 meses sem receber o benefício. Rita precisa de fraldas geriátricas, assim como alimentos e ajuda financeira, pois é cadeirante e precisa pagar uma pessoa para auxiliar nos cuidados do seu filho.

A serra-talhadense relatou que está há 10 anos cadeirante, pois sofre de osteoporose e teve fraturas graves. Com isso ela precisa de ajuda para cuidar do seu filho. “Estou na cadeira de rodas há 10 anos, fumei por 50 anos, tenho uma osteoporose muito forte, levei uma queda e quebrei o fêmur. Me recuperei, mas também cuidava da minha mãe que era velhinha, acabei machucando minha perna novamente. A perna direita, um dia eu estava lavando os pratos e ia pisando no gato, para não pisar dei um jeito, como tenho a osteoporose, os ossos são fracos, quebrou. Então nunca mais consegui me recuperar 100%, por isso uso a cadeira de rodas”, explicou.

A LIDA DIÁRIA COM UM BEBÊ DE 45 ANOS

Rita Gomes tem dificuldades de cuidar sozinha do seu filho, pois ele depende dela para tudo. Ela paga uma pessoa para auxiliar, mas como ele está sem o benefício, a mãe está desesperada sem saber como vai arcar com as contas. São boletos atrasados de água, de luz, além da alimentação.

“Meu filho tem a cabeça de um bebê de 2 ou 3 anos, ele teve meningite quando era pequeno, morávamos em São Paulo, ele passou 4 meses internado. O quadro mental dele não evoluiu e ele se tornou uma criança especial. Ele tinha 1 ano e 2 meses, estava começando a andar quando adoeceu. Ele tem 45 nos, mas uma criança de 3 anos tem mais sabedoria que ele, preciso dar o banho nele, colocar fralda, dar a comida. Ele tem convulsões, há cinco anos caiu numa crise e quebrou o pé, desde então não andou mais. Ele toma de 8 a 10 comprimidos por dia”, relatou Rita, detalhando:

“Estou com todas as contas atrasada, água, luz, tem 2 meses que meu filho não recebe benefício nenhum. Fui hoje no INSS e me falaram que é porque está faltando documentação, ele não tem CPF, comecei a tirar ano passado mas com essa pandemia não consegui finalizar, não tinha quem me ajudasse. Meu outro filho foi para Barreiras na Bahia, não tive mais a quem recorrer. Pago uma pessoa para me ajudar com Roberto, mas agora nem sei o que vou fazer da minha vida. Estou precisando de feira, eu tinha uma prima que me dava, mas ela está operada, não sei nem como vou fazer, ainda nem tive coragem de falar a ela minha situação”.

Roberto usa fraldas geriátricas no tamanho EXG, ele também precisa de material de higiene pessoal e alimentos. Para ajudar Rita você pode ir até a residência dela que fica na Rua Manoel Romão de Farias, nº 287 no bairro São Cristóvão ou entrar em contato pelo número: (87) 99661-8881.