Publicado às 21h30 desta terça (13)

Desde que iniciou a prestação de serviços em Serra Talhada e região, os profissionais que prestam serviço ao Samu estampam as páginas do Farol de Notícias com reclamações de má administração e atraso de salários. Nesta segunda-feira (12) mais um trabalhador da saúde entrou em contato para desabafar a sua situação com a falta de salário.

“Farol, vocês deveriam procurar a direção do Cimpajeú para conversar sobre este problema que é o pagamento da folha e despesas em geral. Todo mês é assim, recebemos atrasado e quando procuramos a ITGM ou o Cimpajeú, fica um jogando para o outro. A ITGM fala que o Cimpajeú está devendo algo em torno de mais de R$ 4 milhões e o Cimpajeú fica no aguardo do repasse federal. Não sou de Serra Talhada, fiz uma seleção, passei e estou trabalhando e preciso do dinheiro para me manter”, relatou o servidor.

O Samu da III Macrorregional de Saúde atende cerca de 860 mil habitantes nas cidades que competem às VI, X e XI Gerências Regionais de Saúde (Geres). Com 12 unidades de Suporte Básico (USB) nas seguintes cidades de Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Ingazeira, Carnaíba, Flores, Tabira, São José do Egito, Sertânia, Iguaracy, Manari, Petrolândia e Flores.

O OUTRO LADO

O ITGM enviou nota ao Farol comentando a denúncia e dando explicações sobre a atual situação dizendo que o Cimpajeú vem se esforçando para manter a regularidade do serviço na região.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A ITGM é a gestora do contrato do SAMU e recebe repasses do CIMPAJEÚ para manutenção do serviço de atendimento de urgência e emergência na região. Os pagamentos das despesas decorrentes da execução do contrato são realizados na medida em que os repasses acontecem. Há quatro meses que os repasses estão em atraso ou incompletos e mesmo assim o serviço vem sendo mantido. Ao que se tem conhecimento, os atrasos de repasses ao CIMPAJEÚ são os de responsabilidade da União, e são a causa dessas questões.

Esclarece ainda que o CIMPAJEÚ vem se esforçando para diligenciar os repasses responsabilidade da união e mesmo os municípios consorciados estejam honrando com os repasses, estes ainda não estão sendo suficientes para manutenção do contrato.

O ITGM reafirma o compromisso com todo seu corpo técnico de quitação de quaisquer valores e também reforça que manterá a prestação do serviço de excelência, que tem salvado vidas, mesmo com os repasses incompletos.