Reeleição de Bolsonaro: tiro final contra a democraciaPublicado às 05h36 desta terça-feira (11)

Por Edson Nunes (ENO)- ex-funcionário da Petrobrás por 25 anos, morador de Serra Talhada

Para a existência de fato de um regime democrático é imprescindível o equilíbrio entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Com leis sólidas que definam bem os limites de cada um desses sustentáculos da democracia. Tanto o poder executivo como Legislativo devem ser obrigados a rotatividade dos representantes, eleitos pelo povo por período determinado, ideal de no máximo 4 anos, e definida na carta constitucional da nação.

As reformas nessa carta constitucional somente devem acontecer por Eleições específicas para este fim, e após aprovada pelo Congresso Nacional deve ser submetida ao referendo popular. Devendo ser introduzida nela todos os princípios fundamentais de direitos humanos, preservação da natureza que garantam o direito à vida no globo terrestre.

O equilíbrio de forças entre esses poderes é fundamental para a democracia. A interferência que extrapola as regras constitucionais para a predominância de um desses poderes sobre o outro é um golpe mortal na democracia. O que vemos ocorrer no Brasil atual, com nomeação pelo poder executivo de fiéis seguidores “religiosos” conduzidos pelo Presidente da República para defender seus interesses corporativos nesse poder, de interferir no MPF, nas polícias investigativas, no parlamento, mediante cooptação financeira, no uso da máquina estatal para forçar a sua reeleição, no uso e cooptação financeira das Forças Armadas para dar sustentação aos seus interesses, indiferentes das necessidades e interesses da nação.

É a mesma lógica utilizada por ditaduras, pelo Nazismo e Fascismo no mundo. Com o fascismo na Itália de Mussolini foi construído o mito que adorava ser chamado de “Duce”. Na Alemanha o Mito Hitler, no Brasil o Mito Bolsonaro. A ameaça mais grave de Bolsonaro é aumentar o número de ministros no STF para que ele indique seus fiéis seguidores como maioria nesse poder.

Assim, fecha-se o seu propósito de poder absoluto, de ditador eleito, com o Congresso Nacional, em sua maioria, cooptado financeiramente, na coalizão de partidos de direita “centrão”, e com maioria de Ministros do STF. A reeleição do Presidente Bolsonaro é o tiro final contra a democracia, a destruição do estado democrático de direito, a imposição do projeto mortal para se matarem na disputa religiosa, fundamentalista, ideológica da extrema-direita, na sobrevivência, no controle pela alienação coletiva e pela força no poder totalitário.

A imposição na força da classe corrompida e criminosa contra o direito à vida de todos os adversários, contra igualdade, liberdade e fraternidade para todos. Sua escolha é livre, mas a colheita será amarga, violenta, hostil, desumana e anticristã. “Bruno Figueiredo. Matéria UOL. Congresso em foco – A Justiça é anti-fascista? O fascismo é uma forma de autoritarismo que repele completamente qualquer possibilidade de Justiça, como conceito. O fascismo é a antítese da Justiça, é o arbítrio e o totalitarismo. Lutar por Justiça significa ter coragem para enfrentar o fascismo. Sendo célebre a frase de Sobral Pinto: “A advocacia não é profissão de covardes!”