Publicado às 04h50 desta terça-feira (29)
A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, luta nesta reta final de ano para aprovar a Lei Orçamentária de 2023 no valor de R$ 357 milhões, cerca de R$ 73 milhões a mais com relação a 2022. Algumas ‘pedras’ estão no meio do caminho, que já provocam debates acalorados nas comissões do parlamento. Uma delas é que a prefeita petista não quitou, até agora, a fatura das emendas impositivas dos vereadores.
Cada parlamentar tem cerca de R$ 24 mil para realizar ações em suas bases, mas nada saiu do papel. Outro fator, é que Márcia introduziu no novo orçamento uma espécie de ‘cheque em branco’. Ou seja, caso aprovado, ela pode solicitar crédito adicional sem autorização dos vereadores. Nessa segunda-feira (28), em conversa com o Farol, o vereador Vandinho da Saúde protocolou um pedido de vista ao orçamento, porque não concorda com as intenções expostas pela prefeita de Serra Talhada.
“A Lei Orçamentária 2023 não vai entrar em pauta nesta terça-feira, porque formalizei um pedido de vista. Estão querendo empurrar de ‘goela abaixo’. Para 2022 foi aprovado um orçamento de R$ 284.538.000 e a prefeita Márcia Conrado pediu uma suplementação de 25% à Câmara Municipal, e foi concedido. Apenas eu e o vereador André Terto fomos contra este tema. Agora, o maior problema hoje são as nossas emendas impositivas, porque as emendas 2022 ainda não foram pagas. O Orçamento de 2023 é milionário. R$ 357 milhões para ser votado hoje. Para este orçamento, as nossas emendas, para perfuração de poços, pavimentação, manutenção de estradas, fica em torno de R$ 31 mil para cada parlamentar. Ora, os recursos de 2022 ainda não foram pagos. Como a prefeita quer aprovar um orçamento de R$ 73 milhões a mais, se ela nem pagou as emendas impositivas de 2022? Por esta razão, decidi formalizar um pedido de vista”, disse Vandinho da Saúde, reforçando:
“Também vou fazer uma emenda à Lei Orçamentária, porque autoriza a prefeita Márcia Conrado fazer contratação de crédito. É uma ‘casca de banana’ que diz que o governo já fica autorizado a abrir crédito, sem pedir autorização ao Poder Legislativo. Isto não está certo. Já é um orçamento milionário. São R$ 73 milhões a mais, se nem a prefeita pagou as nossas emendas impositivas. E ainda tem mais de R$ 11 milhões de restos a pagar de 2022 para o exercício de 2023”.
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