Covid: Serra-talhadense fala de falta de medicaçãoPublicado às 06h desta quinta-feira (8)

Dayane Cristina Pereira Campos, 33 anos, que reside no Centro de Serra Talhada, entrou em contato com a redação do Farol de Notícias nessa quarta-feira (7), e contou que a mãe dela ao procurar a UBS (Unidade Básica de Saúde) nesse sábado (3), com sintomas de Covid, o médico disse que não havia medicação para a doença, e a mandou para casa. Quatro pessoas da família estavam doentes e não receberam nem assistência médica, nem orientações sobre o exame. Dayane destacou também a falta de agente de saúde na rua onde mora. 

A serra-talhadense relatou ao Farol que  pediu a solicitação à enfermeira para a realização do exame de Covid, mas ela alegou não poder emitir. A família não recebeu qualquer orientação e teve que fazer o teste em uma farmácia da rede privada. De acordo com ela, as indicações de um médico da UBS, foram de que a família deveria ficar em quarentena ou procurar a emergência do HOSPAM, caso houvesse necessidade. A mãe dela tem comorbidade, teve complicações, e foi socorrida pelo SAMU. 

“Fizemos o teste de Covid e deu positivo, mas não tivemos nenhuma assistência médica do postinho de saúde. Há nove meses que moramos aqui e só tivemos duas visitas de agente de saúde. Minha mãe e eu temos problemas de hipertensão, fazemos uso de medicamentos. Um irmão meu faz tratamento no CAPS, tem quadro de fobia e crises fortíssimas de ansiedade. Minha filha tem cefaléia crônica, idade óssea avançada. Eu tenho uma criança de quatro anos, que faz tratamento fora de domicílio, tem imunidade muito baixa. Quando testamos positivo, minha mãe procurou a unidade de saúde e ele disse que ela voltasse para casa, aguardasse e fizesse o exame, porque não existe medicação para Covid, mas não deu requisição”, disse Dayane Cristina, acrescentando: 

“Nem deixar entrar na sala, ele deixa, atende do lado de fora, no corredor. Não tem essa de encaminhar para fazer o teste, para tomar uma medicação. A enfermeira diz que não prescreve, não pode fazer nada, só com ele. Nem dipirona ela prescreve. Ele, além de só atender segunda, terça e quarta, não tem humildade para tratar as pessoas, sempre com ignorância. A menina que trabalha na recepção, sempre com grosseria. É complicado o postinho de saúde, nunca tem medicação, nem de hipertensão, nem de colesterol, não tem medicação para nada. Ele disse que não tinha medicação, não tinha vitamina, não tinha nada. A gente comprou tudo sem ter condições financeiras”. 

O OUTRO LADO

Nesta quarta-feira (7), o Farol de Notícias entrou em contato com a Assessoria de Comunicação de Serra Talhada, mas até o fechamento desta edição não obtivemos respostas.