Colunista escreve sobre singelos amores no FarolPublicado às 19h30 desta quinta-feira (9)

IMENSA NIMIM

Ela é de um traço todo delicado
Pequenininha feito um botão
Uma rosa de pétalas e bordado
Delicadas como bolota de algodão
Seus braços e dedos de esguios
Me provocam o diminutivo

Laçam meu corpo em calafrios
Ela sabe como fazer ser sentido
Devo ter o dobro de sua largura
Mas nem metade da brandura
Que traz no peito carnavalesco
Coração que pinota endoidecido

No compasso do coco ligeiro
O batuque sacolejado do pandeiro
Parece bem tu quando chego
O coração da pobre a se esbagaçar
Não sei como aguenta o remelexo
Só aquieta se eu me encostar

Aí o problema vai descendo
Tu sem boa estrutura de corpo
Eu sem prumo de nada na mente
Tremilicando ao se encontrar
Nessa hora que eu fico direita
Sem gaiatice digo ao pé duvido

Você é tudo tão imensa nimim
Tua voz é meiga de nota suave
E teus olhos ternos e redondos
Guardam estrelas de se alumiar
É como um carinho doce e meu
Faz fechar os olhos de gostar

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