Gerson disputa a bola com Alef Manga — Foto: André Durão
Por Ge Globo
Jorge Sampaoli ficou marcado em trabalhos anteriores pelo perfil exigente com jogadores e no pedido por reforços. Na chegada ao Flamengo, o argentino terá a presença de um dos atletas pelos quais mais batalhou para comandar, só que em outro clube. Trata-se de Gerson, que vê a chance de retomar o bom futebol com o técnico que mais potencializou o perfil “coringa” do meia.
Durante e após as negociações entre Fla e Sampaoli, Gerson foi um dos maiores entusiastas do acerto entre o grupo de jogadores. E foi uma das principais fontes de informações para o restante do elenco, para quem passou boas impressões. Além dele, outros quatro já foram comandados pelo técnico: Bruno Henrique, Erick Pulgar, Marinho e Vidal.
Coringa ao extremo
O novo técnico do Flamengo foi quem mais exigiu funções diferentes de Gerson, que levou para a França, em 2021, o apelido de “coringa” recebido na Gávea pela polivalência. No Olympique de Marselha, o brasileiro foi volante, meia, ala e até falso 9.
Com Sampaoli, Gerson teve a temporada com mais gols, 11, e assistências, 10, da carreira. O argentino apostou em um posicionamento mais próximo do gol para o volante. Sampaoli considera o meia bom nas finalizações e nas tomadas de decisões. Qualidades que podem dar mais protagonismo ao recomeço abaixo do esperado de Gerson com a camisa rubro-negra.
Parceria na França
Antes de voltar para assumir o Fla, Sampaoli ficou no Brasil em 2019 e 2020. Período em que enfrentou Gerson e o avaliou como um dos melhores jogadores do país. Quando saiu do Galo, o treinador fechou com o Olympique e insistiu na contratação do volante como um dos pilares do novo projeto. O investimento foi de R$ 160 milhões.
O clube francês chegou a duvidar do custo-benefício e recuou na negociação com o Flamengo algumas vezes, mas a postura irredutível do novo comandante obrigou a direção de lá a fazer a aposta. Nas mãos de Sampaoli, Gerson correspondeu com o protagonismo na campanha vice-campeã que levou o clube de volta à Liga dos Campeões após anos de ausência.