Publicado às 05h desta quinta-feira (20)
Neocides de Jesus, 51 anos, morador do bairro AABB, em Serra Talhada, relatou ao Farol de Notícias que ao ir visitar o seu, Emanuel de Jesus, de 80 anos, que está internado no leito da clínica médica do Hospital Eduardo Campos (HEC), o encontrou enrolado em um tipo de cobertor, que supostamente seria um pano de chão. Ele ainda relatou sobre a falta de descaso com o pai dele que ficou um tempo na sala vermelha e, ao sair, a família não foi informada para que pudesse acompanhá-lo.
“Eu me senti muito constrangido com aquela situação, de cobrirem meu pai com aquele cobertor, que aquilo não é cobertor de cobrir um ser humano, mas sim um animal. Falei com a enfermeira e ela disse que ia chamar a assistente social. Eu não suportei ver o meu pai coberto com aquele lençol não”, disse Neocides de Jesus, acrescentando:
“Não somente esta questão do lençol, mas também da recepção. O meu pai teve uma piora no quadro de saúde e levaram ele para a sala vermelha enquanto surgia uma vaga na UTI. Antes de ontem, eu estive no hospital, deixei o número do meu telefone na recepção, para que quando ele retornasse ao quarto ligassem para mim ou para a minha família; para irmos como acompanhante”, disse o serra-talhadense, cravando:
“Ele voltou pela manhã e não ligaram para mim. Quando eu soube, era cerca das 15h. Quando cheguei às 15h05, estava o meu pai enrolado nesse lençol. Quando questionei, a enfermeira disse que ia chamar a assistente social, mas não chegou, porque uma enfermeira resolveu, arrumou um outro lençol e cobriu o meu pai. Fiquei muito indignado com aquela situação, porque aquilo não se faz nem com um cachorro, muito menos com um ser humano”.
O OUTRO LADO
Nesta quarta-feira (19), o Farol de Notícias entrou em com a direção do Hospital Eduardo Campos, que enviou uma nota explicando o ocorrido. Confira abaixo:
NOTA DA GESTÃO DO HEC
“Em resposta ao Farol de Notícias, o Hospital Eduardo Campos (HEC) explica que adota procedimentos padrões de cuidados, higiene e qualidade, voltados para todos os pacientes. Com isso, explicamos que alguns materiais podem ficar frágeis após os procedimentos de higiene adotados, provocando pequenos danos. Ainda assim, a denúncia em questão foi resolvida logo após o acionamento da equipe, que realizou a troca do cobertor. O HEC conta com os serviços de ouvidoria e serviço social, que são voltados aos pacientes e/ou acompanhantes para o esclarecimento de quaisquer dúvidas. O Hospital Eduardo Campos fica à disposição dos familiares para a elucidação de novas dúvidas”.
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