Foto Ilustrativa
Publicado às — deste sábado (12)
Por Adelmo Santos, Poeta e escritor, ex-Presidente da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)
Às vezes, eu fico pensando, dando uma volta ao passado no fim dos anos 60, quando eu tinha 12 anos, catando algodão na roça no sítio de Preto Inácio.
Com uma alpercata xô-boi pra me livrar das formigas, e uma calça de caqui para escapar das urtigas que provocavam coceiras, muitas dores e ardia.
Um chapéu grande de palha pra proteger a cabeça, debaixo dum umbuzeiro, o único lanche que eu tinha era uma rapadura com um punhado de farinha, que ficava num bisaco ao lado duma cabaça, que servia de quartinha.
Lá no Sítio das Quixabas, a minha grande esperança, quando eu entrava na roça, para fazer meu trabalho, era chegar na balança com o algodão mais pesado.
Quando era o fim da tarde, depois do algodão catado, eu me sentia feliz por ter ganhado uns trocados. Assim foi a minha infância e o meu primeiro trabalho, nas Pitombas e nas Quixabas, no sítio de Preto Inácio.
4 comentários em Catando algodão na roça no fim dos anos 60 no sítio de Preto Inácio