Foto: Divulgação
Publicado às 05h33 deste domingo (9)
Seguindo na missão de preservar e valorizar a fauna e flora da caatinga, o Instituto Serra Grande, na zona rural de Serra Talhada, irá realizar nos dias 15 e 16 de julho um evento gastronômico com realização de aula-show e trilha ecológica. O evento contará com a participação dos chefs de cozinha Claudemir Barros, Fagner Figueiredo e Ricardo Souza e terá como mote a valorização dos insumos pertencentes à caatinga no resgate dos saberes e sabores ancestrais.
A Aula -show acontecerá no sábado (15) no Sesc Lazer Serra Talhada, a partir das 16h. A atividade será um tipo de palestra prática, onde os chefs utilizarão ingredientes da caatinga na preparação de pratos como forma de conscientizar os estabelecimentos gastronômicos e o público em geral sobre a valorização do elementos da fauna e flora local e de como eles podem ser utilizados no dia a dia, diminuindo o protagonismo de ingredientes que não fazem parte de nossa região.
“Ao contrário do que se pregou durante centenas de anos de que a caatinga é pobre, sem valor, inclui também o aproveitamento de insumos que a caatinga oferece e que já eram conhecidos dos povos originários e que podem ser eh ingredientes muito interessantes para gastronomia. E a exemplo disso aqui na comunidade nós desenvolvemos uma série de produtos que tem como base insumos que a caatinga oferece, sejam frutas, ervas, folhas, cascas, raízes. Então a caatinga tem esse potencial também de alimentar, de curar” explicou Álvaro Severo, representante do Instituto Serra Grande.
No domingo (16) os participantes do evento serão convidados para fazer a trilha do Umbuzeiro, localizada no sítio Barreiros, e que já foi acampamento para Lampião e seu bando. Durante o trajeto, os chefes colherão ingredientes para preparar uma comida especial no meio da caatinga. A trilha exigirá um número menor de participantes para evitar o impacto negativo no bioma.
”A caatinga não é essa vegetação pobre e sim uma vegetação com muitos valores. Valores que vão além do capital. Preservar a caatinga é possibilitar a si e as comunidades o aproveitamento desses insumos de forma sustentável. Um grande exemplo disso é o coletivo Luli, o coletivo de mulheres aqui do instituto que estão na Fenearte comercializando produtos que são provenientes do bioma caatinga. Elas tão incrementando a renda a partir de insumos que são oriundos da caatinga e dos seus quintais produtivos”, finalizou Álvaro.
Para mais informações sobre o evento e inscrições, basta entrar em contato com o número 87 9 9125-5128
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