Projeto dos professores não entra e cria polêmica na Câmara de ST

Foto: Farol de Noticias/Celso Garcia

Publicado às 14h desta segunda-feira (11)

A sessão ordinária da Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) teve um momento de tensão, nesta terça-feira (11), durante o discurso do vereador Vandinho da Saúde, que agora assumiu a liderança do bloco da oposição.

O pivô foi, novamente, o projeto de lei enviado pela prefeita Márcia Conrado, que concede reajuste salarial de 14.95% aos professores, sem direito ao retroativo.

A confusão se formou após o parlamentar dizer que os professores estão sendo massacrados, e que o projeto de lei não teria entrado em pauta, segundo Vandinho, por orientação do promotor de Justiça, Vandeci de Sousa Leite.

“Os professores vêm sendo massacrados pelo governo municipal. Desde o ano passado vêm sendo massacrados com a política salarial da prefeita Márcia Conrado tem implantado em nosso município. Fizeram uma reunião na prefeitura, não convidaram o vereador André Terto e nem me convidaram, eu achei uma falta de respeito. Fazer uma reunião e não convocar os 17 vereadores. Como quem diz: ‘eu não preciso destes dois bestas não’. Eu tenho 15, posso aprovar o projeto que quiser’. Uma falta de respeito da gestora”, disparou o oposicionista.

BATE-BOCA

A celeuma teve inicio quando o presidente da Câmara, Manoel Enfermeiro, questionou se o colega tinha certeza da afirmação. “Você tem certeza que Dr. Vandeci orientou isso?”, questionou, e logo em seguida outro parlamentar pediu um aparte, que foi negado.

“Não dou aparte a ninguém, vocês não dão aparte a mim, por isso não dou a vocês. Ficou acertado que daria uma reajuste de 14,95%, não o piso salarial. Estão dando um reajuste salarial, mas tomando dos professores cerca de R$ 4 milhões de retroativos. Alguns vereadores não estavam sabendo, mas o promotor de Justiça, Dr. Vandeci de Sousa Leite, orientou a Câmara Municipal não colocar em pauta o projeto hoje. Sabem por que? Os índices do município vêm extrapolando dia após dia, mês após mês. O MPPE orienta a prefeita não contratar e ela contrata. Orienta não fazer seletivo, mas ela [Márcia] realiza. O promotor orientou que se adequasse dentro dos índices. A prefeita começou a contratar novamente, e tem que se adequar de novo, para não entra na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, concluiu. De acordo com o presidente Manoel Enfermeiro, o projeto será votado na próxima segunda-feira (17).