Foto: Arquivo/ Farol de Notícias
Publicado às 13h28 desta sexta-feira (14)
Uma recém-nascida faleceu na manhã desta sexta-feira (14) após sofrer parada cardiorrespiratória no Hospital Regional Professor Agamenom Magalhães – Hospam. Luiz Carlos, 31, anos, pai da criança, entrou em contato com a redação do Farol de Notícias para relatar a demora na transferência da menina, que nasceu no domingo (9) e estava entubada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Segundo o genitor, a criança deu entrada no hospital com uma infecção grave por aspiração e presença de líquido amniótico meconial nos pulmões. A condição clínica do bebê desesperou os pais que pediam a transferência rápida para a capital, porém eles informam que houve demora no procedimento, que o hospital não foi claro quanto a gravidade do caso e que apenas diziam que estavam esperando a vaga para levar a criança para Caruaru ou Recife.
”Tava com minha filha recém-nascida no hospital a 4 dias, estava entubada por causa de um problema no pulmão, por ter engolido fezes. Aí a vida deles era dizer que estavam esperando vaga pra ir pra Caruaru ou Recife. Me preocupei com a demora. Nasceu domingo e foi direto entubada. Ela teve uma parada cardíaca na madrugada. Passaram uma hora tentando reanimar. Ela voltou a respirar, mas quando foi 5h ela faleceu” lamentou o torneiro mecânico.
O pai responsabiliza o hospital pelo falecimento da filha, pois segundo ele, os profissionais só tomaram uma providência quando perceberam que a criança estava em estado crítico, porém já não tinha mais como reverter a situação da bebê.
OUTRO LADO
O Farol procurou Leonardo Carvalho, diretor do Hospam, para esclarecer a situação e foi informado por ele que a equipe multidisciplinar envolvida no caso fez tudo que estava ao alcance para manter a criança viva.
“A recém-nascida foi muito bem assistida por toda a equipe. Não houve negligência por parte do hospital. Estávamos aguardando uma vaga para a transferência para a UTI Neonatal na capital e só conseguimos a ficha às 11 horas da noite de ontem. A ambulância do estado já estava a caminho nesta madrugada, infelizmente não deu tempo. Adaptamos uma ala inteira para que se transformasse numa UTI neonatal para a criança. A médica pediatra não saiu do lado dela. Assim que ela deu entrada no hospital, a equipe solicitou a transferência. Ela foi assistida o tempo todo pelos profissionais” explicou o diretor.
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