Paciente vive dia tenso no Hospam em ST
Foto: Celso Garcia/Farol de Notíciashospam

Com o aumento da procura de pacientes por atendimento médico no Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam), em Serra Talhada, a emergência da unidade tem vivido dias de lotação. E segundo os pacientes, passando mais de cinco horas para receber atendimento na emergência adulto.

Na tarde desta quinta-feira (2) uma leitora do Farol de Notícias entrou em contato para denunciar o seu caso. A autônoma, moradora do bairro AABB, Nárgilla Rodrigues, de 31 anos, disse que chegou por volta do meio dia com a filha que caiu e quebrou o braço, esperou mais de duas horas por atendimento e testemunhou um cenário desolador por falta de ortopedista.

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“Estou esperando um médico para solicitar um Raio-X desde de 10h da manhã. Informaram que o médico pediu demissão e o outro estava doente, o hospital está em obras, festa da cidade, tá certo. Mas e a saúde, num transtorno desse? Tem gente desmaiando, se urinando de dor nas filas. Pessoas Só vieram socorrer as pessoas porque uma senhora teve um AVC dentro do hospital”, descreveu a leitora, continuando:

“Os enfermeiros mal educados, só sobem e descem e nem olham para os pacientes. Parece mais um desfile. Joga a gente para um lado e para outro e ninguém faz nada. Tem umas 40 pessoas lá fora aguardando. Outras 50 na fila dentro e não tem médico. Não tem ortopedista, e é o Hospam. Acabou de chegar um acidente e nem médico tem. Depois de muito escândalo conseguimos um paliativo e o médico da UTI, muito educado e atencioso, conseguiu uma ficha para transferir minha filha para o Hospital Eduardo Campos”.

VIOLÊNCIA E AMEAÇAS

De acordo com Nágilla, pior que a falta de atendimento médico são os maus-tratos de alguns funcionários do hospital. Segundo ela, um dos vigilantes ameaçou sacar a arma para o seu esposo, que é policial civil e tentou buscar atendimento para a filha.

“Milha filha estava se aguentar de dor, e as pessoas lá só socorrem a gente quando fazemos um escândalo. A gente não vai para o hospital porque quer, porque está mal ou alguém que a gente ama está. Meu marido é policial civil e tentou entrar para pedir que dessem alguma coisa para nossa filha, ele mostrou a carteira de identificação para o segurança. E ele foi ignorante e o empurrou, meu marido revidou e empurrou de volta. Eles trocando ofensas quando o segurança colocou a mão na arma para ameaçar. E eu desesperada, as pessoas chegaram perto e impediram a discussão”.

OUTRO LADO

De acordo com a direção do Hospam todas as medidas necessárias para atender o ocorrido foram tomadas. De acordo com o diretor geral, Leonardo Carvalho, um médico adoeceu e foi necessária uma mudança na equipe para atender as urgências e emergências.

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