
A Associação de Professores de Serra Talhada (Aprost) emitiu nessa última segunda-feira uma nota de repúdio sobre a falta de ação da Gestão Municipal e da Secretaria de Educação em relação as reivindicações feitas pela categoria.
Em conversa com a reportagem do Farol de Notícias, o presidente da Associação, Carlos Antônio, explicou que o documento é uma resposta ao posicionamento do governo Márcia Conrado de ignorar o que foi negociado sobre Reforma imediata do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos trabalhadores em Educação e retomada das Progressões Verticais e Horizontais dos Servidores.
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A nota também aponta o desrespeito por parte de um representante do governo ao declarar que as pautas defendidas pelos professores não seriam discutidas porque foi uma decisão dele.
“Nos reunimos em janeiro, fevereiro, março. A Câmara de Vereadores de Serra Talhada se juntou nesta discussão. Aguardamos o posicionamento da gestão do município sobre estas pautas. Já estamos no mês de junho em um ano eleitoral e a gente espera que as pautas não avancem com a desculpa do calendário eleitoral e é essa justificativa que não queremos ouvir porque tivemos tempo suficiente. Essa desculpa para a gente é recebida com indignação. O município se calou, mas a categoria não irá se calar”, explicou Antônio Carlos.
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NOTA DE REPÚDIO DA APROST
Os Professores e Professoras da rede municipal de Serra Talhada vêm a público, mais uma vez, manifestar seu veemente repúdio à Gestão do Município de Serra Talhada e Secretaria de Educação do Município, pelas posturas
desrespeitosas por ignorarem a pauta de valorização desses profissionais:
1. Reforma imediata do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos trabalhadores em Educação de Serra Talhada, reconhecendo um direito legal conquistado historicamente com luta;
2. Revogação imediata do Art. 8º da Lei nº 386/2022, permitindo a retomada das Progressões Verticais e Horizontais dos Servidores, como medida de justiça.
Repudiamos também, a declaração de um “representante” do governo que, de forma irresponsável e desrespeitosa, afirmou que: “O PCCR não iria sofrer nenhuma reforma porque ‘eu’ não quero”, sugerindo uma pseudo autoridade
discricionária da Gestora do Município.
Ainda em tempo, REPUDIAMOS a conduta de formadores pedagógicos e Coordenadores que, assumindo e/ou ferindo a letra legislativa, bem como, normativas que regulam e determinam as atribuições dessas funções em comissão, ameaçam professores e professoras, caso os mesmos não permitam a fiscalização das salas, trazendo constrangimento e revolta aos educadores que exercem seu trabalho com dignidade e profissionalismo, coagindo à assinatura de um “termo”, fato que infringe crimes de Assédio, Intimidação, Invasão de Sala de Aula, incorrendo em vários crimes conforme Artigo 147 do Código Penal, Lei 9.610/98, bem como, Lei nº 9.455/97, que dista sobre tortura e/ou constrangimento expresso como sofrimento físico ou mental imposto a uma pessoa, dentre outras leis e jurisprudências.
Ressaltamos que o papel do formador não é de fiscalizador, mas sim voltado para a formação pedagógica do Magistério.
Não acreditamos em discursos dissociados da prática, ainda mais, quando não se reconhece, tampouco valoriza os trabalhadores em educação que vem, literalmente, promovendo os avanços qualitativos e semeando o futuro educação e cultura nos educandos, frutos que vem sendo colhidos e propagados como mídias puramente eleitoreiras.
REPUDIAMOS VEEMENTEMENTE os atos de uma Gestão que não expressa em atitudes o zelo, cuidado e valorização pela Educação.
10 comentários em Aprost repudia falta de ação sobre reivindicações dos professores