
Tabu para uns, fundamental para outros e as vezes (principalmente para as mulheres!) inexistente, o orgasmo tem um dia inteiro dedicado para ele. O 31 de julho é a data escolhida para lembrar e comemorar o clímax de uma relação sexual.
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A ciência afirma que o orgasmo possui diversos benefícios para o corpo e para mente. Ele é capaz de liberar os hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar, ocitocina e dopamina. além de melhorar o sono.
A reportagem do Farol de Notícias bateu um papo com a psicologa, sexóloga e terapeuta de casais, Eliene Viturino sobre o tema e tirou algumas dúvidas. Confira:
Quais os principais benefícios do orgasmo?
Além do prazer, o orgasmo desempenha vários papéis importantes na saúde e no bem-estar:
1. Bem-estar emocional: O orgasmo pode melhorar o humor e proporcionar uma sensação de bem-estar devido à liberação de endorfinas e oxitocina, hormônios associados ao prazer e à ligação emocional.
2. Redução do estresse: A experiência orgástica pode ajudar a reduzir os níveis de estresse, relaxando o corpo e a mente.
3. Melhoria do sono: O relaxamento e a liberação de certos hormônios durante o orgasmo podem contribuir para um sono mais profundo e reparador.
4. Saúde cardiovascular: A atividade sexual, que frequentemente culmina em orgasmo, pode ter efeitos benéficos sobre a saúde cardiovascular, como melhorar a circulação e a função cardíaca.
5. Fortalecimento do sistema imunológico: Algumas pesquisas sugerem que a atividade sexual regular e os orgasmos podem fortalecer o sistema imunológico, ajudando o corpo a combater infecções.
6. Promoção da intimidade:
No contexto de uma relação sexual consentida e satisfatória, o orgasmo pode fortalecer a ligação emocional entre parceiros, promovendo a intimidade e a comunicação.
7. Benefícios específicos para a saúde feminina:
Para as mulheres, o orgasmo pode ajudar a aliviar dores menstruais e melhorar o tônus muscular do assoalho pélvico, contribuindo para a saúde ginecológica.
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Há diferença entre o orgasmo feminino e o masculino?
O orgasmo é uma resposta fisiológica ao estímulo sexual que ocorre em ambos os gêneros, mas existem diferenças significativas entre o orgasmo feminino e o masculino em termos de experiência, resposta física e biologia.
Orgasmo Masculino
O orgasmo masculino geralmente envolve a ejaculação, onde o sêmen é expelido do corpo. Essa etapa está frequentemente associada ao clímax sexual. Após o orgasmo e a ejaculação, os homens passam por um período refratário, um intervalo durante o qual é biologicamente difícil ou impossível ter outra ereção e alcançar outro orgasmo. A duração desse período pode variar amplamente. Ele tende a ser de curta duração, geralmente durando de alguns segundos a menos de um minuto.
O orgasmo Feminino comumente tem ausência de ejaculação embora algumas mulheres possam experimentar uma liberação de fluidos durante o orgasmo (conhecida como ejaculação feminina ou “squirting”), isso não é uma característica comum ou necessária para o orgasmo feminino. Muitas mulheres têm a capacidade de experimentar múltiplos orgasmos em uma única sessão sexual, o que permite que elas continuem a responder a estímulos sexuais imediatamente após um orgasmo. O orgasmo feminino geralmente dura mais tempo do que o masculino, com uma média de 20 a 30 segundos, mas pode variar amplamente.
Experiência Subjetiva e Variedade
Tanto homens quanto mulheres podem experimentar diferentes tipos de orgasmos em termos de intensidade e sensação. No entanto, as mulheres frequentemente relatam uma maior variedade de experiências orgásticas, incluindo orgasmos clitorianos, vaginais e mistos, que envolvem diferentes áreas de estimulação.
Há algum problema que dificulte uma pessoa de ter orgasmo?
Dificuldades para atingir o orgasmo, conhecidas como anorgasmia, são comuns entre mulheres e podem ser influenciadas por uma variedade de fatores. Dor ou desconforto ou dispareunia (dor durante a relação sexual) podem impedir o prazer sexual. Questões emocionais, como estresse, ansiedade ou depressão, podem dificultar a concentração e a excitação sexual. Traumas sexuais, experiências negativas ou uma educação repressiva em relação ao sexo podem levar a bloqueios emocionais. Sentimentos de inadequação ou insatisfação com o próprio corpo podem afetar a libido e a capacidade de relaxar durante o sexo.
A falta de comunicação entre parceiros sobre preferências e necessidades sexuais pode levar a frustração e dificuldades em alcançar o orgasmo. Relações tensas ou falta de intimidade emocional podem impactar também a satisfação sexual. Além disso, a falta de conhecimento sobre a anatomia sexual e o que proporciona prazer pode dificultar o orgasmo.
Crenças culturais que veem o prazer sexual feminino como tabu ou inapropriado podem impedir que as mulheres explorem e expressem suas necessidades sexuais. Para superar essas dificuldades, é importante promover uma comunicação aberta entre os parceiros, buscar educação sexual e, se necessário, consultar um profissional de saúde, como um terapeuta sexual ou um ginecologista, urologista.Em muitos casos, o tratamento pode incluir terapia, mudanças no estilo de vida ou ajustes nos medicamentos.
Como ter uma vida sexual saudável?
É importante falar sobre suas necessidades, desejos e limites com seu parceiro(a) de forma clara e respeitosa. A comunicação aberta ajuda a garantir que ambos se sintam confortáveis e compreendidos. Discutir preocupações ou questões que possam surgir, como problemas de saúde sexual ou mudanças no desejo sexual, também é crucial para uma vida sexual satisfatória. Conhecer o corpo e como ele funciona pode ajudar a aumentar o prazer e a evitar mal-entendidos.Busque informações de fontes confiáveis sobre saúde sexual.
Respeite os limites do parceiro e os seus próprios. Não se sinta pressionado a fazer algo com o qual não se sinta à vontade.Manter uma boa saúde geral, incluindo alimentação equilibrada, exercícios regulares e sono adequado, pode ter um impacto positivo na vida sexual. Se estiver enfrentando dificuldades sexuais ou emocionais, como baixa libido, disfunção erétil, dor durante o sexo ou questões emocionais como ansiedade ou depressão, considere procurar ajuda profissional. Terapia sexual e ajuda psicológica podem ser muito úteis.
Além dessas dicas, é importante lembrar que a sexualidade é uma parte natural e saudável da vida, que pode variar amplamente de pessoa para pessoa. Não existe uma “norma” quando se trata de frequência ou tipos de atividade sexual; o que importa é que as experiências sexuais sejam satisfatórias e saudáveis para todos os envolvidos.
Por fim, como é lidar, enquanto profissional, com este tema. Há muita resistência por parte dos pacientes?
Ainda existem muitas dificuldades relacionadas ao machismo, as crenças, tabus. A resistência e as dificuldades para falar sobre sexualidade são comuns e podem surgir por diversos motivos. O sexo é cercado de normas que o tratam como algo impróprio ou vergonhoso. Isso pode fazer com que as pessoas evitem discutir o tema abertamente, influenciados por fatores culturais, pessoais e contextuais. Mas reforço a relevância de conscientização às pessoas sobre o autoconhecimento e a saúde sexual.
1 comentário em Sexóloga revela ao Farol os benefícios do orgasmo