
Da Folha de Pernambuco
Um homem que exigiu R$ 200 mil de uma mulher para não expor fotos íntimas dela foi preso em Petrolina, no Sertão de Pernambuco.
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Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, a mulher havia enviado seu aparelho celular para uma assistência técnica antes de receber as ameaças.
O responsável pelo conserto foi o autor dessas ameaças e da tentativa de extorsão, ainda de acordo com a corporação.
As investigações sobre o caso começaram em maio deste ano. A vítima relatou à polícia que teria recebido, em abril, um e-mail na conta da mãe dela com uma mensagem perguntando quanto estaria disposta a pagar para que uma foto íntima sua não fosse divulgada.
“Quanto vale esta foto? Tenho mais umas e gostaria de saber quanto o esposo dela estaria disposto a pagar para não cair na mídia. Fico no aguardo de uma resposta pelo e-mail e vou dizer como vamos fazer para receber o pagamento”
Para enviar a mensagem, que continha uma das fotos em anexo, ele usou um e-mail fake. A mulher então procurou a polícia após receber as ameaças e a tentativa de extorsão no valor de R$ 200 mil.
Durante as investigações, a polícia descobriu a identidade do homem e que ele trabalhava consertando celulares em Petrolina.
Em outras mensagens, enviadas em modo de visualização única por um app de mensagens, o criminoso afirmava à vítima:
“Só quero que pague o valor que eu tô precisando”
“Vamos resolver? Meu prazo tá acabando. Preciso só do dinheiro e apago todas as fotos”
“Veja quando você consegue mandar! E manda a chave Pix! Eu apago tudo e esqueço vocês, agora se der errado eu posto tudo que tenho!”
O homem chegou a fugir para Santa Catarina, mas voltou à Petrolina e terminou sendo preso pela equipe da 4ª Delegacia de Combate à Corrupção (Decor), com apoio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
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Investigação da polícia
Segundo o gestor do Dracco, o delegado Paulo Furtado, a vítima repassou o celular após o reparo na assistência técnica a uma outra pessoa.
“Então, inicialmente, surgiu a desconfiança de que poderia ter sido essa outra pessoa. Mas, conseguimos, através de diligências, determinar que o indivíduo que praticou a ação foi aquele que recebeu o celular para o conserto”, explicou o delegado.
Ainda segundo Paulo Furtado, ao ser preso, o homem não falou nada. “Ele preferiu ficar em silêncio, mas há indícios fortíssimos que levam a autoria para ele”, completou.
O delegado também explicou que o homem não tem histórico de crimes, mas acredita que a divulgação do fato pode fazer com que mais vítimas apareçam.
“Ele foi encaminhado ao presídio e vai aguardar o processo, vai responder por extorsão, que tem pena de 4 a 10 anos de prisão”, finalizou Paulo Furtado.