Sinal nas pernas pode revelar maior risco de infarto - Imagem: Reprodução/Internet
Sinal nas pernas pode revelar maior risco de infarto – Imagem: Reprodução/Internet

Com informações do Metrópoles

Para alguns indivíduos, pode parecer benéfico possuir a pele das pernas mais brilhante e livre de pelos. Porém, se esses sintomas começaram a surgir sem qualquer reforço na hidratação ou alteração de hábitos, pode ser um indício sutil de uma enfermidade que eleva consideravelmente o risco de um ataque cardíaco.

As alterações nas pernas representam um sintoma tradicional da aterosclerose. A enfermidade resulta no endurecimento e obstrução das artérias, restringindo o fluxo sanguíneo pelo organismo e elevando o perigo de doenças isquêmicas severas. A arterosclerose, além do infarto, está diretamente relacionada à gangrena dos membros e à isquemia cerebral, um tipo de acidente vascular cerebral.

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A doença é silenciosa e raramente provoca sintomas, exceto em situações severas, onde já existe um comprometimento significativo das artérias, restringindo seu diâmetro em mais de 75%. No entanto, quando surgem, é habitual que os membros inferiores, devido à sua distância do coração e à necessidade de um bombeamento cardíaco mais vigoroso, sejam os primeiros a serem impactados.

“Quando a aterosclerose atinge as artérias ilíacas ou femorais, localizadas nos membros inferiores, pode ocorrer queda de pelos, atrofia muscular e até dificuldade de ereção em homens”, explica o cirurgião cardiovascular Elcio Pires Junior, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV).

Outros sintomas da aterosclerose nas pernas

Além desses sintomas, a condição pode resultar em afinamento da pele, dando aos membros um aspecto mais brilhante e frágil. Também se nota a constante fadiga, pontadas e cãimbras, especialmente na panturrilha. O enfraquecimento das unhas dos pés, a cor esbranquiçada dos membros inferiores e infecções frequentes nos pés também são indícios relevantes.

“Nos casos mais avançados, pode ocorrer dor nas pernas mesmo em repouso, redução da temperatura dos membros inferiores, formigamentos e eventual aparecimento de feridas ou gangrena nos pés pela extrema falta de circulação”, completa a cirurgiã vascular Aline Lamaita.

De acordo com Aline, para tratar a aterosclerose, é essencial eliminar os hábitos que provocaram a obstrução, uma vez que a aterosclerose está ligada a fatores de risco convencionais de saúde, como hipertensão, diabetes descontrolado, colesterol alto, sobrepeso e consumo de tabaco.

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Além de tratar essas condições, aprimorar a dieta e abandonar o sedentarismo podem também trazer benefícios para a circulação do sangue. O exercício físico é essencial para o tratamento, uma vez que promove a circulação colateral. No entanto, deve ser realizado sob a supervisão de um profissional de educação física.