Por Jorge Apolônio, policial federal e membro da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)Ao contrário do que eu supunha, a seleção brasileira conquistou a Copa das Confederações. Teve seus méritos. Parabéns. A seleção espanhola atabalhoou-se. Tomara que os políticos não façam disso a “politica do pão e circo” (veja no Google o que significa, se não souber). A primeira impressão que temos é que o povo não vai mais entrar nessa engabelação.
A presidente Dilma, o governador do estado do Rio, Sérgio Cabral e o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes, ficaram acuados com o temor de vaias, que certamente ocorreriam, e não foram ao Maracanã. Melhor assim. A festa era do povo e da sua seleção. Os demagogos de plantão eram personas non gratas no evento e perceberam isso. Que assim seja. Lula inventou uma viagem para a África.
Por causa da minha profissão, estou desde o dia 10 de junho até 04 de julho em Salvador, onde trabalhei na equipe de segurança da seleção italiana em seus dois jogos na Bahia. Pois é, Buffon, Balotelli, Pirlo e cia ltda. estavam sob os meus cuidados. Aqui, o governador Jaques Wagner, do PT, até foi ao jogo BRA X ITA, mas fez isso discretissimamente por também temer ser vaiado. O povo não o viu, então, ele escapou. Assisti aos dois jogos na Fonte Nova e também não o vi.
Mas vejam como são as coisas e entendam os meus temores. José Maria Marin, com quem a Dilma não fala e detesta pelo passado dele ligado a torturadores, presidente da CBF, vai levar a seleção ainda hoje a Brasília para Dilma render suas homenagens. Quer, entre outras pretensões, melhorar sua imagem perante a presidente e a dela perante o povo, no momento em declínio vertiginoso. Vejam o uso da seleção para fins asquerosos. O pior é que sempre houve isso. É isso que me enoja e me fez desejar a derrota do Brasil para a Espanha.
Corre hoje pela internet a notícia de que Dilma teria comprado a derrota da seleção espanhola por 300 milhões de dólares para usar a vitória do Brasil em seu benefício perante o povo. Não acredito em tudo o que sai na internet. A princípio, não tem fundamento isso. Mas, em 1978, a ditadura militar argentina comprou a derrota do Peru por 6 x 0 para classificar a Argentina para a final, o que desclassificou o Brasil.
A Argentina foi Campeã. Tal fato só ficou provado muitos anos depois. Tudo a ver com a política de pão e circo. Pelos precedentes da FIFA e da CBF, nada mais me espanta. Essas duas entidades são dois antros de corrupção e de escândalos, todos sabemos.
8 comentários em OPINIÃO: A seleção foi campeã; mas tomara que não façam a política de “pão e circo”