Fim dos filtros nos Instagram? Entenda mudança que vale a partir desta terça (14) - Foto: Lorenzo Di Cola/NurPhoto/Getty Images
Foto: Lorenzo Di Cola/NurPhoto/Getty Images

Com informações do O Globo

A partir desta terça-feira (14), os filtros de realidade aumentada (AR) criados por usuários deixarão de estar disponíveis no Instagram e Facebook. Com essa mudança, mais de 2 milhões de efeitos desenvolvidos por terceiros, incluindo filtros de beleza e publicitários, não poderão mais ser utilizados nas plataformas da Meta.

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Essa decisão é resultado do encerramento da plataforma Meta Spark, que permitia a criadores independentes desenvolver e publicar efeitos acessíveis ao público. Segundo a empresa, cerca de 600 mil desenvolvedores em 190 países utilizavam a ferramenta.

Com a nova diretriz, apenas os filtros criados e mantidos pela própria Meta continuarão acessíveis nas redes sociais. Até o final do ano passado, a companhia contava com aproximadamente 160 filtros próprios.

Motivos da decisão

A decisão foi anunciada pela Meta em agosto do ano passado e faz parte de uma estratégia para redirecionar investimentos para outras prioridades, como o desenvolvimento de óculos de realidade aumentada. Nos últimos dois anos, a empresa tem ampliado seus esforços em tecnologias de computação — como os óculos inteligentes da Ray-Ban e o headset Quest — além de investir na expansão da inteligência artificial em suas plataformas, incluindo o WhatsApp.

“Estamos comprometidos com nossos investimentos de longo prazo em novas plataformas que vão além das experiências 2D atuais”, declarou na ocasião em que anúncio o fim dos filtros.

Impacto para os usuários

Usuários que já utilizaram filtros criados por terceiros em conteúdos como stories ou reels não terão suas publicações afetadas. No entanto, não será possível acessar ou usar novos efeitos criados por terceiros a partir desta terça-feira (14). Essa mudança marca o fim de um período de sete anos que ajudou a popularizar os filtros de realidade aumentada.

Além disso, ferramentas dentro do Meta Spark — como o Meta Spark Studio (para criação de efeitos), o Meta Spark Player (para teste e visualização dos filtros) e o Meta Spark Hub (para gerenciamento dos efeitos) — também serão desativadas, impedindo que criadores publiquem ou desenvolvam novos efeitos.

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Reações à mudança

Como alternativa, os usuários poderão aplicar filtros em vídeos e fotos usando ferramentas independentes antes de publicar o conteúdo nas redes da Meta. A decisão gerou reações negativas entre criadores, que criticaram a medida por limitar as possibilidades criativas dentro das plataformas da empresa.

A Meta já enfrentava críticas há anos sobre a disseminação dos filtros que promovem padrões de beleza irreais. Embora a saúde mental não tenha sido mencionada diretamente na decisão, outras redes sociais têm implementado restrições semelhantes; por exemplo, o TikTok começou a restringir o acesso a filtros de beleza para menores de 18 anos em novembro do ano passado.