Jovem da zona rural e escola pública passa em medicina na UPE de ST

Nesta segunda-feira (27), foi divulgado pelo Ministério da Educação, o resultado do Sistema de Seleção Unificada (SISU), que utiliza como base a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), para possibilitar o acesso de jovens e adultos ao ensino superior, público e gratuito.

Nesta terça-feira (28), a reportagem do Farol de Notícias conheceu a história da jovem Maria Alayane Lima e Silva, 18 anos, moradora da zona rural de Bom Nome, distrito de São José do Belmonte, que foi aprovada através do SISU, no curso de Medicina da Universidade de Pernambuco (UPE), no Campus Serra Talhada.

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Filha de agricultores, estudante da Escola Estadual Napoleão Araújo, ela conciliou a rotina de estudos e trabalho, na busca da tão sonhada aprovação do curso que sempre quis. Alayane trabalha numa escola municipal com cargo de 4 horas na função como auxiliar de sala.

“Me formei em 2023, fiz o ENEM e tentei a UPE Serra Talhada mas, fiquei na 12° posição na cota A1, que é a modalidade que eu concorri. No ano de 2024, conciliei trabalho com estudos e não acreditei que conseguiria atingir a nota, pela falta de tempo. Mas graças a Deus deu certo”, festejou Alayane Lima.

“Desde o início do ensino médio sempre sonhei com a Medicina. Estudei na Escola de Referência Napoleão Araújo, que é pública, durante todo o ensino fundamental II e o ensino médio”.

Embora não tenha sido uma trajetória fácil, Alayane reconhece que valeu a pena todo o seu esforço e também que ter o apoio da sua família foi essencial neste processo:

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“O processo de preparação envolve muita dedicação, a abdicação de muitos momentos e exige muito, mas a sensação de ser aprovada no curso que sempre quis faz valer cada momento de estudo. Foi um momento de muita emoção, era algo que era esperado há muito tempo. Minha família e meu namorado sempre me apoiaram muito e sempre acreditaram em mim, isso é crucial”

Com muita alegria e gratidão, ela descreve como foi a sensação de receber a notícia da aprovação:

“Vi o resultado na segunda pela manhã, estava muito tensa pois é um processo que causa muita ansiedade. Mas quando vi que fui selecionada, o alívio foi imediato. Para mim, que sou filha de agricultores e sempre estudei em escola pública, parecia um sonho muito distante. Mas tenho a convicção que há tempo para todo o propósito e os planos de Deus são sempre os melhores!”, finalizou a estudante.