
Com informações do g1
Cientistas da missão Juno da NASA anunciaram nesta terça-feira (28) uma descoberta impressionante: uma erupção vulcânica gigantesca na lua Io, conhecida como a mais vulcânica do Sistema Solar. O ponto quente identificado na região sul de Io é maior que o Lago Superior, o maior lago de água doce do mundo, e libera uma energia equivalente a seis vezes toda a eletricidade gerada por usinas em todo o planeta.
A erupção foi registrada pelo instrumento JIRAM da sonda Juno, que capturou imagens inéditas da superfície de Io, um dos satélites de Júpiter. Scott Bolton, líder da missão Juno, destacou que a sonda passou duas vezes muito perto de Io durante sua fase prolongada. “Embora cada sobrevoo tenha nos dado dados sobre a lua turbulenta que superaram nossas expectativas, as informações coletadas nesse último sobrevoo — o mais distante — realmente nos impressionaram. Esta é a erupção vulcânica mais poderosa já registrada no mundo mais vulcânico do nosso Sistema Solar — e isso quer dizer muita coisa”.
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O JIRAM foi projetado para capturar radiação infravermelha e foi crucial para detectar o intenso calor que se espalhou pela superfície de Io, indicando uma atividade vulcânica significativa. Os dados também revelaram que o ponto quente não era apenas uma erupção isolada, mas sim uma série de focos vulcânicos próximos entre si. Isso sugere a existência de um vasto sistema de câmaras de magma abaixo da superfície da lua, indicando processos geológicos complexos além do simples fluxo de lava.
“O JIRAM detectou um evento de radiação infravermelha extrema — um enorme ponto quente — no hemisfério sul de Io, tão intenso que saturou nosso detector”, disse Alessandro Mura, co-investigador da Juno, do Instituto Nacional de Astrofísica de Roma, na Itália.
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Com essas descobertas, os cientistas esperam aprofundar sua compreensão sobre a atividade vulcânica em Io e os processos geológicos nas luas de Júpiter. Eles planejam investigar como essas erupções afetam a superfície lunar e o que podem revelar sobre o interior de Io.
“Com isso, esperamos melhorar nosso entendimento sobre os vulcões não apenas de Io, mas de outros mundos, e como esses processos podem se manifestar em diferentes ambientes do Sistema Solar”, acrescentou Bolton.