
O Bolsa Família, um dos principais programas de assistência social do Brasil, não é um benefício permanente. Isso significa que o pagamento mensal, que ajuda milhões de famílias em situação de vulnerabilidade, pode ser cortado a qualquer momento caso haja descumprimento das regras estabelecidas pelo governo. O programa exige o atendimento a critérios sociais, financeiros e de atualização cadastral, e o não cumprimento dessas condições pode levar ao bloqueio ou até ao cancelamento definitivo do benefício.
Bloqueio x Cancelamento: Qual a diferença?
Se o pagamento do Bolsa Família for bloqueado, ainda há chance de reverter a situação. Basta que o titular comprove o atendimento às condicionalidades do programa, como frequência escolar, acompanhamento de saúde e atualização do Cadastro Único. No entanto, se a inscrição for cancelada, a única solução é recomeçar o processo do zero: atualizar os dados no Cadastro Único e tentar uma nova vaga no programa, retornando ao fim da fila de espera.
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Como evitar o cancelamento do Bolsa Família?
Para manter o benefício ativo, não basta apenas comprovar uma renda familiar de até R$ 218 por pessoa no momento da inscrição. É necessário cumprir uma série de condicionalidades que garantem a continuidade do programa. O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) realiza periodicamente um “pente-fino” nos cadastros e suspende o pagamento de quem não atende aos seguintes critérios:
- Frequência escolar: Crianças e jovens devem manter uma presença mínima de 85% nas aulas mensais.
- Acompanhamento nutricional: Crianças de até 7 anos precisam ter o peso e a altura medidos duas vezes ao ano.
- Pré-natal: Gestantes devem realizar o acompanhamento médico durante a gravidez.
- Vacinação: A caderneta de vacinação de crianças, jovens e mulheres deve estar em dia.
- Atualização cadastral: O Cadastro Único deve ser renovado a cada dois anos ou sempre que houver mudanças na composição familiar.
Além disso, se a renda familiar ultrapassar o limite de R$ 218 por pessoa, mas permanecer abaixo de meio salário mínimo, a família pode continuar no programa, porém recebendo metade do valor original do benefício.
O que fazer se o Bolsa Família for bloqueado?
Caso o benefício seja bloqueado, o primeiro passo é identificar o motivo da suspensão e corrigir o problema. Por exemplo:
- Se o bloqueio ocorreu por falta de vacinação, é necessário comparecer a um posto de saúde para regularizar a situação.
- Se a causa foi a baixa frequência escolar, é preciso apresentar atestados médicos ou justificativas que comprovem as ausências.
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Após resolver o problema, o titular deve atualizar seus dados no Cadastro Único, apresentando os documentos que comprovem a regularização. O processo inclui:
- Agendar um atendimento no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo.
- Solicitar a renovação do Cadastro Único.
- Apresentar os documentos necessários.
- Responder ao questionário socioeconômico.
- Aguardar a aprovação do governo.
Se o governo entender que a família voltou a atender aos critérios do programa, o pagamento será liberado no próximo ciclo, incluindo os valores retidos durante o bloqueio.