Família recebe Pronto Socorro São José em estado lamentável em ST

Fotos e vídeos: Farol de Noticias-Licca Lima

Na manhã desta sexta-feira (7) a equipe de reportagem do Farol de Notícias esteve no prédio do antigo Pronto Socorro São José  localizado no centro de Serra Talhada, para conversar com um dos proprietários do empreendimento Dr. Júlio César.

Após mais de 50 anos em funcionamento, atendendo a população de Serra Talhada e região, com diversos serviços, o Hospital encerrou suas atividades.

Durante o período de pandemia ocasionada pelo Covid-19, no final de 2019, que se estendeu por quase dois anos, a prefeitura municipal procurou o médico, para que o espaço pudesse servir de hospital de apoio para pacientes acometidos pela doença.

De acordo com Dr. Júlio, o acordo foi fechado com a gestão municipal na época, porém, foi realizado o pagamento apenas do primeiro mês do acordo. Após o período de pandemia, a gestão municipal, solicitou cerca de 3 meses para devolução.

Com o passar do tempo, o prédio que ficou aberto e foi abandonado, tornou-se alvo de vandalismo e depredação completa da estrutura e de equipamentos que ficaram no local. Agora, tudo é caos!

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“Nós fomos procurados por ocasião da pandemia, para ceder o hospital para atender a um clamor popular, que era ter uma área para atender, um apoio aos pacientes da Covid. Nós fomos procurados inicialmente para alugar, depois percebemos que não poderia ser feito um aluguel na época e foi feito então um oficio do prefeito, fazendo uma solicitação por um tempo, que seria o tempo que durasse a pandemia.

“Por esta cedência nós tivemos durante um período, recebemos uma indenização, que seria equivalente a um aluguel. Quando encerrou a pandemia, nós fomos procurados para receber o hospital, baseado em um documento, que eu estaria de acordo com tudo que eu estava recebendo, fundamentado numa reunião que iria ocorrer daqui há um mês”, explicou Dr. Júlio, reforçando:

“Diante da irregularidade do documento, eu procurei a prefeita Márcia Conrado, com documento em mãos perguntando se aquilo procedia e se caso a intenção fosse de devolver, que fizesse o documento certo. Na ocasião, na presença de outras pessoas que testemunharam o fato, ela me pediu que eu cedesse ainda o hospital, por mais três meses, mesmo tendo encerrado a pandemia, ela iria assumir o período, pois, seria tempo suficiente para que o hospital passasse a mão de um pessoal, para a mão de um pessoal que viria em parceria com o município, a liberação do Corpo de Bombeiros para funcionar”.

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SÓ PREJUÍZOS

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Durante a visita desta sexta-feira, na presença de um representante cartorial, Dr. Júlio César entrou no hospital ao lado da equipe de reportagem do Farol, e encontrou um cenário de pós-guerra. Tudo foi destruído por vândalos, e a família ainda tem uma crédito a receber da prefeitura.

“Ainda não dá para dizer com precisão, porque serão feitos laudos de avaliações. Mas deve superar a casa de R$ 3 millhões sem as devidas indenizações. Mas aceitamos negociar, pois numa ação judicial será cobrado danos morais, etc. Estamos tomando a posse via legal, via cartório, porque não devolviam e não poderíamos tomar de todo jeito”, explicou César.

REFORMA NO LOCAL

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“Eu atendi, pois, percebi que havia sido feita uma reforma no hospital, colocando a estrutura de acordo com as exigências atuais para que pudesse haver a liberação. Eu tenho a cópia da liberação da APEVISA, de que o hospital estava apto a funcionar. Aceitamos, eu pedi que fizesse o documento de devolução certo e nunca foi feito, porque, no mesmo dia, ela (Márcia) passou para o procurador do município.

Eu recebi o documento e não assinei, porque percebi que eu iria assinar um documento sem valor jurídico e estaria assinando hoje, o resultado de uma reunião que ocorreria daqui a um mês e isso não poderia existir. Nunca tivemos este documento corrigido e nunca foi a intenção de devolver como deveria ser. Não teria nada que me impedisse de receber, desde que fizesse a coisa certa”.

SÓ VI DESTRUIÇÃO

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“E aí ficou nessa coisa, nem funcionaram, nem devolveram, até quando começaram surgir os arrombamentos e o pessoal me procurando porque estavam destruindo o hospital, foi quando eu criei a oportunidade de ir ao município, mas não conseguia falar com a secretária (Lisbeth Rosa), veio um pessoal da construção civil, da parte de obras, do jurídico e mais uma outra pessoa, para criar a devolução”.

“Quando chegamos, nos deparamos com a destruição e eu disse que não receberia desta forma e eles também ficaram assustados. Deixaram o hospital reformado e aberto, como vocês viram as áreas que a gente teve que fechar”, lamentou.

A reportagem do Farol disponibiliza espaço para que a Prefeitura de Serra Talhada possa se manifestar sobre o assunto.

Família recebe Pronto Socorro São José em estado lamentável em ST

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