Com informações do ge
O ex-atacante Ronaldo anunciou, nesta quarta-feira (12), a desistência de sua candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em uma publicação em suas redes sociais, o Fenômeno afirmou que não recebeu o apoio necessário das federações estaduais e lamentou não ter conseguido apresentar seu projeto ao colégio eleitoral da entidade.
“No meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo”, escreveu Ronaldo.
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O ex-jogador destacou que o estatuto da CBF concede às federações estaduais o voto de maior peso, o que inviabilizou sua candidatura. “O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções”, afirmou.
Falta de apoio e rejeição das federações
Das 27 federações estaduais, apenas a de São Paulo recebeu Ronaldo para uma reunião. As federações do Amapá, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro não responderam ao contato do ex-atacante. As outras 23 federações retornaram com a mesma resposta, declarando apoio ao atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e fechando as portas para a candidatura de Ronaldo.
O ex-jogador havia anunciado sua intenção de concorrer à presidência da CBF em dezembro do ano passado, com o objetivo de disputar as eleições que devem ocorrer entre março de 2024 e março de 2026. Na ocasião, Ronaldo explicou que sua principal motivação era recuperar o respeito do futebol brasileiro no cenário internacional.
“Eu tenho centenas de motivações, mas a maior delas é voltar com o respeito do futebol brasileiro a nível mundial. O que mais acontece comigo nas ruas são as pessoas parando e pedindo para eu voltar a jogar, porque a situação da Seleção não é das melhores neste momento, tanto dentro de campo quanto fora”, disse o ex-atacante.
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Eleições da CBF e colégio eleitoral
O mandato de Ednaldo Rodrigues à frente da CBF segue até março de 2026, mas a entidade tem uma janela que começa um ano antes (em março de 2025) para convocar as eleições. O colégio eleitoral da CBF é composto pelas 26 federações estaduais e a do Distrito Federal, que têm voto com peso três, além dos 20 clubes da Série A (peso dois) e dos 20 clubes da Série B (peso um).