Imagem: KEREM TAŞER/Pixabay
Imagem: KEREM TAŞER/Pixabay

O Altos pode até não ter avançado para a fase final da Copa do Nordeste 2025, mas engana-se quem pensa que a campanha do time passou despercebida. Pelo contrário. O clube piauiense deixou sua marca ao encarar, de igual para igual, alguns dos nomes mais tradicionais da região. E o mais importante: não perdeu para nenhum time da Série A do Brasileirão. Com esse desempenho consistente, o Jacaré surge como uma das apostas mais interessantes nas melhores casas de apostas para quem acompanha o futebol nordestino e já está de olho na Série D.

Desde o sorteio da fase de grupos, muitos apontaram o Grupo A como uma missão ingrata para o Altos. Com adversários como Fortaleza, Sport e Vitória, a expectativa era de sofrimento. Mas o que se viu foi bem diferente. O Jacaré não se intimidou.

Logo de cara, uma vitória maiúscula sobre o Fortaleza, por 2 a 1, no Albertão, diante de 3.224 torcedores — o maior público registrado no futebol piauiense em 2025 até agora. Poucos dias depois, mais um feito: triunfo sobre o Sport, por 1 a 0, dentro da Ilha do Retiro. Não bastasse, ainda arrancou um empate em 1 a 1 com o Vitória em pleno Barradão. Um roteiro que qualquer torcedor piauiense assinaria sem pensar duas vezes.

Esses resultados, além de valorizarem a campanha, serviram como um cartão de visitas. O Altos provou que pode competir em alto nível, mesmo diante de clubes com folhas salariais bem mais pesadas e estrutura consolidada.

Série D à vista: foco, planejamento e experiência

Agora, o foco se volta para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. O Altos está no Grupo A2, ao lado de Maranhão, Tocantinópolis, Parnahyba, Iguatu, Maracanã, Imperatriz e Sampaio Corrêa. A estreia será fora de casa, contra o Maranhão, entre os dias 12 e 13 de abril. A comissão técnica já planeja um período de treinos intensivos e busca reforços pontuais para qualificar ainda mais o elenco.

Se depender de experiência em torneios nacionais, o Altos tem crédito. Fundado em 2013, o clube cresceu rapidamente. Em 2020, fez história ao conquistar o acesso à Série C, aplicando uma goleada de 5 a 1 sobre o Marcílio Dias nas quartas de final da Série D. O clube sabe o caminho, já esteve lá — e quer voltar.

Esse histórico recente reforça a confiança da torcida e mostra que o projeto do clube vai além do imediatismo. Há planejamento, há identidade e há memória.

Um sistema defensivo digno de respeito

Em sete partidas disputadas na Copa do Nordeste, o Altos marcou e sofreu sete gols. Pode parecer pouco à primeira vista, mas esse equilíbrio defensivo é, na verdade, um dos grandes trunfos do time. O Jacaré soube se proteger e resistir, especialmente quando encarou adversários de maior expressão.

 Contra o Fortaleza, por exemplo, segurou a pressão mesmo depois de abrir o placar. Diante do Sport, suportou o bombardeio com personalidade. O time tem mostrado organização tática, concentração e uma capacidade de adaptação que fazem diferença em torneios longos e desgastantes como a Série D.

Força que vem da arquibancada

Não dá para falar do Altos sem citar a força da sua torcida. A presença maciça no duelo contra o Fortaleza não foi acaso. É reflexo de um laço que vem se fortalecendo com o tempo. Mesmo sem os holofotes das grandes praças do futebol, o clube criou uma conexão verdadeira com sua gente.

A torcida do Altos é aquela que não larga a mão, mesmo quando o time tropeça. Canta alto, pressiona o adversário e empurra o Jacaré para frente. E esse fator pode fazer muita diferença na Série D, onde o mando de campo e o clima das arquibancadas costumam ser determinantes.

Um alerta para os adversários

O Altos chega para a Série D com moral elevada, base mantida, defesa sólida e sede de reencontro com a Série C. Não é um time para ser subestimado. É um clube que já mostrou saber nadar em águas profundas e que, quando subestimado, morde forte.

Se na Copa do Nordeste ficou fora por detalhes, na Série D pode transformar os aprendizados em combustível. Fica o recado: esse Jacaré está faminto.