
Por Maria Edwirgem, professora serra-talhadense
Toda mulher, tem a sua porção Mãe, mesmo as que tentam negar ou ludibriar a si mesma, por razões que “a própria razão desconhece” o que, sem sombra de dúvidas, é merecedora de todo respeito.
Assim existe a Mãe- Avó, Sogra, Madrinha, Tia, Irmã, Amiga, Professora, todas tão fenomenais , que fazem jus a essa designação e cabem inteiramente no termo “Mãe do Coração”. Pois só ele dita as regras, nessa relação apaixonante e desafiadora.
Deus, generoso como só ele é capaz, agraciou – me, permitindo- me ver e sentir, esse universo fascinante, através do amor incondicional, único e total, onde uma lente de aumento, torna nítidos , transparentes e às vezes doídos, os sentimentos e incontroláveis, as emoções .
O bem querer, que preenche o peito e inflama a alma, é tão forte e abrangente, que agora compreendo, que daria para contemplar, todos e quantos filhos que vierem, como foi o caso, da minha Rainha e tantas outras, que com maestria e realeza, representam o seu mais fantástico personagem, protagonista ímpar de toda uma história.
Mesmo que não aposte na imparcialidade, na equidade dessa divisão, acho até que há. “os preferidos” como diz um pequeno e peralta anjo, mas também acredito não haver “os preteridos,” pois uma ação assim, excludente, não habita nesse Ser, acostumado a acolher e somar.
Todos o modelos e as teses sobre como atuar, parecem não se adequar, o manual de instruções, vem falho e incompleto, necessita de novos conceitos, de ajustes e de uma busca incessante de compreensão.
O contundente “se fosse meu filho” ou “comigo seria diferente”, que algum dia foi dito ou pensado, o certo e o errado, caem sobre terra, ao se deparar com um ser tão frágil e forte, que depende e controla sua vida, aprisiona e liberta o seu pensar, de tudo quanto é indecisões, medos e certezas.
Vivenciar a maternidade, metaforicamente falando, assemelha- se ao treino funcional, aliado a disciplina e
paciência. Praticando exercícios múltiplos diários, de forma gradual e fortalecedora, com resultados vistos a olho nu , ora um complicado quebra- cabeças ora um espetacular caleidoscópio.
Arrisco- me até a dizer, que aprendemos “dançar conforme a música”, mesmo quando, inexiste a coordenação motora, mas em contraponto, a cadência rítmica é perfeita, assim, desengonçadas e sem jeito, provocamos risos e afetos, nos nossos filhos, simultaneamente, como reflexo, um raio de luz e calor, invade e encanta o nosso viver.
Dedico a todas as mães, em especial, a minha Antônia Maria (in memorial), todas as minhas “irmães” no plano terrestre e no Celestial e a minha filha por impregnarem o meu espírito de tão intenso e infinito Amor.
“Eu vejo a vida pela luz dos olhos seus… “Minha vida é um ramalhete de saudades”.
3 comentários em Poetisa serra-talhadense encanta e diz como são belos os ‘Olhos de Mãe’