O médico e ex-prefeito do município de Tabira, Sertão do Pajeú, Edson Moura, utilizou as redes sociais para tecer duras críticas a Casa de Parto Humanizado inaugurada nessa sexta-feira (9) em Serra Talhada, com investimento direto do governo federal, de mais de R$ 3 milhões. O evento inaugural contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que também recebeu críticas.
Edson Moura é defensor ferrenho do parto cesariano, que do ponto de visto financeiro é muito mais rentável. Ele classifica o parto normal como ação do passado. “Voltar a fazer parto como no Império Romano. Esperar 24 horas para que a mulher dê filho. Minha gente, eu vi isso há 50 anos atrás”, dispara o ex-prefeito.
A sessão de ataques atingiu até o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que é médico infectologista, com Phd na Unicamp. Desinformado, Moura desconhece a formação e trajetória do ministro.
“Alexandre Padilha nunca foi médico, nem Márcia Conrado foi médica. Isso teria que ser feito por um médico experiente”, disparou, jogando uma espécie de ‘praga’. “Vai ser um elefante branco. Só vai para lá quem não tem nem o que comer. Porque não pode ir para um hospital bom, onde possa ter um tratamento digno”, sentenciou.
O QUE É PARTO HUMANIZADO
Segundo um estudo feito pelo Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro da Universidade Federal do Rio De Janeiro (UERJ) 2021, cerca de 18,3% a 44,3% das gestantes são vítimas de violência obstétrica. É nesse contexto que o movimento feminista e os grupos que tentam resgatar a fisiologia do parto propõem uma nova forma de parir.
O parto humanizado consiste na assistência da mulher em todas as etapas. É um conjunto de procedimentos, que vão desde situações de abortamento ao puerpério, compartilhando, ouvindo e respeitando a mãe. Tudo isso tem o objetivo de proporcionar uma experiência mais segura e acolhedora,
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