Joao Antônio
Fotos: Licca Lima / Farol de Noticias

Ainda repercute as declarações do médico e ex-prefeito de Tabira, Sertão do Pajeú, Dr. Edson Moura, que criticou, duramente, o Centro de Parto Humanizado inaugurado na semana passada em Serra Talhada. Nas rodas de conversas, Moura foi rotulado como ‘Dr. Cesariana’, por condenar o parto normal, afirmando que era uma ‘prática do império romano’.

Durante entrevista ao programa Falando Francamente, na TV Farol, nessa segunda-feira (12), o coordenador do Centro de Parto, João Antônio, enfermeiro e ex-diretor do Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam), lamentou as declarações de Moura, e ratificou a defesa pelo parto normal.

“Eu acredito que ninguém melhor do que as próprias gestantes que começarão a fazer propaganda e mostrar que não existe retrocesso, pelo contrário, é um avanço. Avanço partindo desse pressuposto da indústria de cesarianas que existe no mundo, não é Serra Talhada, Pernambuco, Brasil, é no mundo. A partir do momento que a gente fala em cesariana é preciso saber os critérios, não é qualquer gestante que está com baixo risco que vai pode fazer uma cesária, poder pode, mas tem a real indicação”, disse João Antônio.

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João Antônio rebate 'Dr. Cesariana' e defende investimento em ST

“Então eu lamento muito a fala [de Edson Moura] da forma que foi dita, mas eu digo que a gente está de portas abertas para mostrar que de retrocesso não existe nada, pelo contrário. A prefeita Márcia Conrado fez um investimento massivo, tanto de recursos próprios como através da emenda de Humberto Costa que foi destinado para lá”, ratificou o coordenador, finalizando:

“O que temos lá tem determinados hospitais do Estado que não tem esses equipamentos, porque eu pensei justamente nessa necessidade de se a gestante precisar de um suporte, ela não ter que ser transferida lá do nosso Centro de Parto até o Hospam, muitas coisas que temos lá não era para termos, mas eu já coloquei lá para termos um suporte a mais. Temos incubadora de última geração. De nada tem retrocesso, pelo contrário, tem avanço, porque quando eu garanto autonomia e o respeito a uma pessoa eu não estou retrocedendo, estou avançando muito”.

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