
A sessão do juri que iria arbitrar, na manhã desta quinta-feira (15), um assassinato polêmico ocorrido em Serra Talhada em 2022 foi adiada para o dia 26 de maio.
Trata-se do homicídio do ex-policial militar, muito conhecido na Capital do Xaxado, o sargento Cícero Valdivino, que atuou no 14° BPM (Batalhão de Polícia Militar).
Ele foi morto a tiros numa tarde de terça-feira na Rua Dr. Ademar Xavier, no bairro Alto da Conceição.
Valdivino foi surpreendido com disparos na região do tórax no momento em que estava entrando no seu carro.
Os atiradores teriam efetuado os disparos de dentro de outro veículo, não dando chances da vítima se proteger.
O réu que será julgado no próximo dia 26 pelo envolvimento no caso já estava preso há quase dois anos. E desde então esperava seu julgamento.
O juri não ocorreu por ausência da Promotoria Pública, que viria da cidade de Exu, no Sertão do Araripe.
Atualmente, Serra está sem promotor titular na vara criminal, tendo que promotores de outras cidades e regiões acumular função para lidar com casos do tipo na terra de Lampião.
TESTE DE PACIÊNCIA
O Farol compareceu ao Fórum Estadual, nesta manhã, no bairro da Cohab, e acompanhou a condução da sessão comandada pelo juiz de direito Marcus César Sarmento Gadelha.
Com a audiência marcada para às 9h, o magistrado aguardou pacientemente até meio dia a chegada de algum representante do Ministério Público, para poder dar início aos trabalhos que iniciariam com a convocação do conselho de sentença.
No entanto, o clima de frustração foi geral. Um auditório lotado com familiares e estudantes de direito amargou a espera, juntamente com o juiz Gadelha e os advogados de defesa do réu.
PM FORTEMENTE ARMADA
A Polícia Militar esteve presente no Fórum com várias equipes fortemente armadas, portando espingardas calibre 12 e fuzis.
Diante a ausência de promotor público, os advogados pediram o relaxamento da prisão do réu para que ele cumprisse em liberdade, junto da família, a espera pelo próprio julgamento.
O pedido da defesa foi atendido até que possa ocorrer, finalmente, na nova data marcada o juri popular do caso Valdevino. Isso, caso alguém da Promotoria Pública Estadual possa comparecer.
RELEMBRE O CASO VALDEVINO
Em 2016, Valdevino foi acusado de fazer parte de uma milícia e, mesmo alegando inocência, acabou preso [relembre aqui] após uma equipe de delegados vindos do Recife [relembre], do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), apontá-lo como integrante de uma quadrilha comandada pelo então vereador também assassinado a tiros em 2015, Cícero Fernandes, o ‘Cição’ [relembre].
1 comentário em Juri da morte do PM Valdivino é adiado em ST por ausência de promotoria