Gleide Ângelo se engaja na luta por uma Delegacia da Mulher em ST

Foto: Farol de Noticias

Nesta quinta-feira (29), Giovanni Sá recebeu no Programa Falando Francamente, da Tv Farol de Notícias no YouTube, a Deputada Estadual e Delegada, Gleide Ângelo. Em Serra Talhada desde a última terça-feira, a parlamentar cumpriu uma série de compromissos e participou de eventos na cidade.

Em pauta, a parlamentar falou sobre a implantação da Delegacia da Mulher, em Serra Talhada. Desde de 2023, a deputada luta pela implantação do equipamento na cidade e já levou a solicitação para a ALEPE, no mesmo ano.

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Diante dos crescentes casos de violência doméstica na cidade e região, a solicitação ganhou força nos últimos dias e até uma petição online, visando garantir a segurança das mulheres e reduzir os altos índices de violência contra à mulher. Nesta quarta-feira também, um evento realizado pela Secretaria da Mulher, debateu com a população a necessidade do equipamento na cidade.

Durante a entrevista, Gleide Ângelo falou sobre sua trajetória enquanto delegada de polícia, sua inserção na política e justificou o que a motivou pela luta na causa da implantação da delegacia da mulher em Serra Talhada.

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“Eu fui gestora no Departamento da Policia da Mulher na Polícia Civil e cuidava de todas as delegacias da mulher. Então eu sei quais são os municípios que precisam da Delegacia da Mulher e Serra Talhada é um deles, assim como Araripina, Igarassu, entre outros que a violência é muito grande. A gente tem aqui um número de B.O absurdamente alto e digo mais, que não é a realidade, são apenas as mulheres que denunciaram. As que estão caladas sofrendo é infinitamente maior que a subnotificação, porque é muito difícil uma mulher denunciar”, explicou a delegada complementando:

“É muito difícil uma mulher que foi agredida, violentada, estuprada, entrar em uma delegacia cheia de homem, chegar e sentar, porque apanhou do marido. Não vai porque você tem vergonha, medo, tudo junto. Tem que ser um lugar especializado, porque as pessoas tem que entender que a violência não vem de um estranho que bateu em você, é uma pessoa que você criou uma expectativa de felicidade, é o pai dos seus filhos, é o provedor da casa, que sustenta, então a mulher tem muita insegurança e medo para denunciar. É importante ter o psicossocial, a assistente social que vá com ela, ter um lugar que ela seja acolhida por uma policial feminina, numa delegacia só para mulher, aí ela vai ter coragem de denunciar”, reforçou.

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