STF ouve Bolsonaro e mais 7 réus da trama golpista a partir de hoje - Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Com informações da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta segunda-feira (9), às 14h, os interrogatórios dos réus do núcleo 1 da trama golpista ocorrida durante o governo de Jair Bolsonaro.

Os depoimentos serão realizados nos próximos cinco dias na sala da Primeira Turma da Corte e transmitidos ao vivo pela TV Justiça. Entre os dias 9 e 13 de junho, o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, interrogará presencialmente o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Braga Netto e mais seis réus acusados de participarem do núcleo crucial de uma trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022.

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Nesta segunda-feira, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator nas investigações, será o primeiro a depor. Nos dias seguintes, a partir das 9h, os demais réus serão chamados por ordem alfabética para interrogatório.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e as defesas dos acusados também poderão fazer perguntas durante as oitivas. O general Braga Netto será o único a depor por videoconferência. Vice na chapa de Bolsonaro em 2022, o militar está preso desde dezembro do ano passado sob acusação de obstruir investigações sobre a tentativa de golpe e obter detalhes da delação de Mauro Cid.

A ordem dos depoimentos será:

  • Mauro Cid;

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;

  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;

  • Jair Bolsonaro;

  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

  • Walter Braga Netto.

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Os réus respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado. O interrogatório é uma das últimas etapas do processo, com julgamento previsto para o segundo semestre. Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Os acusados têm o direito de se recusar a responder perguntas que possam incriminá-los, conforme garantia constitucional.