Marte visto a olho nu: confira eventos astronômicos para observar em junho - Imagem: Reprodução/Internet
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Com informações do Metrópoles

O mês de junho apresenta condições ideais para a observação de fenômenos celestes em todo o Brasil. Com noites mais longas e a atmosfera mais seca em diversas regiões, até mesmo quem não possui equipamentos profissionais pode acompanhar os eventos astronômicos.

Rodrigo Otávio Mendes, professor do Colégio Católica de Brasília, explica: “Junho é especialmente propício à observação astronômica no Brasil. O solstício de inverno proporciona noites mais longas, e em muitas regiões do país a atmosfera está mais seca, o que melhora a nitidez do céu”.

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Destaques do mês

Entre os principais eventos estão a visibilidade de Marte e Saturno a olho nu durante as madrugadas, as distintas fases da Lua e a chuva de meteoros Bootídeos, que ocorre anualmente neste período.

Como observar

  • Optar por locais com pouca iluminação artificial

  • Permitir que os olhos se adaptem à escuridão por 20 minutos

  • Utilizar aplicativos como Stellarium para identificar corpos celestes

  • Observar regularmente para melhor reconhecer os padrões do céu

Fenômenos em destaque

Nas primeiras horas da manhã, Marte e Saturno serão visíveis no horizonte leste. Adriano Leonês, astrônomo da UnB, comenta: “Marte e Saturno estarão no céu da madrugada em junho, com boas condições de visibilidade. Basta um céu limpo e pouca luz artificial para identificá-los”.

A chuva de meteoros Bootídeos ocorrerá entre 22 de junho e 2 de julho, com pico no dia 27. Adriano destaca: “Os Bootídeos são uma chuva de baixa taxa, mas ocasionalmente surpreendem com surtos intensos. O ideal é observar após a meia-noite, em locais com pouca poluição luminosa”.

O ciclo lunar terá como marcos a Lua Nova no dia 6 e a Lua Cheia no dia 22. Rodrigo explica: “A Lua nova favorece a observação de objetos de céu profundo, como aglomerados estelares, porque o céu fica mais escuro. Já a Lua cheia ilumina a paisagem noturna e pode ser observada facilmente a olho nu”.

O solstício de inverno, em 20 de junho, marcará a noite mais longa do ano no hemisfério sul. “É um momento simbólico e prático para a astronomia, pois amplia a janela de observação durante a noite”, acrescenta Rodrigo.

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Constelações em destaque

Com a chegada do inverno, formações como Escorpião, Sagitário e Cruzeiro do Sul tornam-se mais visíveis. Rodrigo afirma: “Constelações como Escorpião, Sagitário e o Cruzeiro do Sul ficam bem posicionadas durante as noites de junho, especialmente entre 19h e 23h”.

No final da madrugada, outras constelações tornam-se visíveis. Adriano complementa: “No fim da madrugada, começam a surgir Libra e Ofiúco, além das estrelas do céu invernal que anunciam a mudança de estação”.

Para os entusiastas da astronomia, junho oferece uma excelente oportunidade para contemplar o céu noturno e seus fenômenos característicos.