Três melhores chás para aliviar os sintomas de gastrite e refluxo - Foto: Reprodução
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Com informações do Metrópoles

Quem sofre com gastrite ou refluxo gastroesofágico conhece bem os incômodos: azia, queimação no estômago, sensação de estufamento e até um gosto ácido na garganta. Embora o tratamento com medicamentos seja essencial em casos mais graves, algumas plantas medicinais podem ser aliadas no alívio dos sintomas, agindo como complemento terapêutico.

Entre as opções naturais mais eficazes estão os chás de camomila, gengibre e espinheira-santa. Essas ervas possuem propriedades anti-inflamatórias e gastroprotetoras, ajudando na digestão e na recuperação da mucosa gástrica.

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Como cada chá atua no prganismo

A nutricionista Vanessa Costa, de São Paulo, explica que a camomila contém flavonoides, como a apigenina, que acalmam o estômago e reduzem a acidez excessiva. Já o gengibre, rico em gingerol e shogaol, combate inflamações e acelera o esvaziamento gástrico, diminuindo o desconforto. A espinheira-santa, por sua vez, forma uma camada protetora no estômago, auxiliando na cicatrização de lesões e aliviando a dor.

O momento e a temperatura certos para o consumo

Para obter os melhores resultados, Vanessa recomenda ingerir os chás entre 30 e 60 minutos após as refeições, quando a digestão está ativa e a produção de ácido gástrico aumenta. A temperatura também é um fator importante:

“A temperatura morna é a mais indicada. Bebidas muito quentes podem agredir a mucosa gástrica e piorar os sintomas, enquanto chás frios ou gelados podem reduzir a eficácia dos compostos ativos e causar desconforto em pessoas sensíveis”, orienta a especialista.

No caso da espinheira-santa, menos comum no cotidiano dos brasileiros, é fundamental adquirir o produto em farmácias de manipulação ou estabelecimentos regulamentados pela Anvisa, evitando versões de origem duvidosa.

Sintomas que indicam a necessidade de atenção

Além da queimação e do estufamento, náuseas, gosto ácido na boca e tosse seca frequente podem sinalizar problemas gástricos. Esses sintomas não só causam desconforto físico, mas também afetam o apetite, o sono e a produtividade.

“Em mulheres, especialmente durante o climatério, os episódios se intensificam devido às oscilações hormonais e maior sensibilidade gástrica”, destaca Vanessa, que é especializada em nutrição feminina.

Modo de preparo dos chás

Para aproveitar os benefícios, basta seguir este preparo básico:

  • Ingredientes: 1 colher de sopa da erva seca (camomila, gengibre ou espinheira-santa) e 250 mL de água.

  • Modo de fazer: Ferva a água, desligue o fogo, adicione a planta, tampe e deixe em infusão por 10 minutos. Coe e consuma morno.

Quando os chás podem ajudar e quando não substituem o tratamento médico

Os chás são eficazes em casos leves a moderados de gastrite, refluxo e má digestão, além de serem úteis em períodos de estresse, que costumam agravar os sintomas. No entanto, não substituem a terapia medicamentosa quando há diagnóstico de condições crônicas.

“Os chás têm efeito complementar, mas não substituem o tratamento medicamentoso em casos diagnosticados de gastrite crônica ou esofagite de refluxo. Podem ser incluídos como parte de um protocolo nutricional integrativo, respeitando a orientação médica e nutricional individualizada”, reforça Vanessa.

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Cuidados e contraindicações

Apesar de naturais, esses chás exigem cautela. O consumo excessivo de espinheira-santa, por exemplo, pode prejudicar a absorção de ferro e vitamina B12, além de causar hipotensão. Já o gengibre, em grandes quantidades, pode irritar a mucosa gástrica.

A nutróloga Camila Cianco, de Sorocaba (SP), alerta: “O gengibre possui efeito termogênico. Em pequenas quantidades, ele é benéfico, mas em excesso pode irritar a mucosa. A recomendação é utilizá-lo moderadamente, combinado com ervas mais suaves, como a camomila, evitando o consumo concentrado ou em jejum”.

Alguns grupos devem ter atenção redobrada:

  • Gestantes: Devem evitar espinheira-santa e moderar o consumo de gengibre;

  • Idosos: Podem ter interações com medicamentos, exigindo avaliação individual;

  • Pessoas com doenças autoimunes ou em uso de imunossupressores também precisam de orientação profissional antes de incluir esses chás na rotina.

Com o uso consciente, essas infusões podem ser uma estratégia eficaz para melhorar a saúde digestiva, sempre aliadas a um acompanhamento médico adequado.