Foto: Reprodução
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Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Há momentos e histórias que ficam tatuadas na alma, porque nunca esquecemos. Destes, não tenho como esquecer minhas memórias infantis juninas na fazenda Queimadas, zona rural de Carnaubeira da Penha, sertão pernambucano.

Passar o São João na casa da minha avó Anita, uma índia de pele tostada pelo sol, era de imensa alegria. A começar pelos preparativos, ainda em Serra Talhada. A alegria do meu pai em reunir a família nas Queimadas era incomum. Os cuidados da minha mãe com cada um dos sete filhos, eram únicos. Um olhar carinhoso e igual para todos.

O veículo era uma caminhonete do meu avô Augusto Duarte. Na carroceria, a poeira da estrada de terra quase não era sentida, uma vez que o trajeto era feito com muita ansiedade e alegria.

Verdadeiro e puro era o reencontro com Vó Anita. O carro estacionava, e aquela mulher linda saía de dentro de casa fazendo festa, abraçando e beijando cada um dos sete netos.

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A casa era muito pequena: uma salinha, dois quartos, sala pequena de jantar e a cozinha que mantinha o fogão à lenha sempre aceso. Não dá para esquecer dos três potes, uma das riquezas da casa, ou mesmo da dormida, redes enfileiradas no aconchego do amor.

Noite de São João a fogueira era acesa pontualmente as 18 horas. Depois as orações… logo em seguida, alegria, muita alegria compartilhada. Minha vó era a rainha, e ali era o meu reino. A noite terminava no balanço da rede e o universo mágico das história da Vó Anita.

Feliz São João para Todos!

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