
Com informações do Metrópoles
O adolescente de 14 anos responsável pelo assassinato dos pais e do irmão de 3 anos em Itaperuna (RJ), no noroeste fluminense, já estaria tramando maneiras de falsificar uma autorização de viagem interestadual para viajar de ônibus. Além disso, o menor pesquisou na internet como acessar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de falecidos.
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), o pai da vítima tinha aproximadamente R$ 33 mil em valores do FGTS, quantia que o adolescente pretendia usar para viajar ao Mato Grosso e encontrar uma namorada virtual de 15 anos. A família não aprovava o relacionamento, o que teria motivado o crime.
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Crime ocorreu após proibição de viagem
O jovem foi preso na quarta-feira (25) após confessar os assassinatos, cometidos enquanto as vítimas dormiam. De acordo com as investigações, no sábado (21), ele foi impedido de viajar para o encontro e, em represália, usou a arma do pai para atirar contra a mãe, de 37 anos, o pai, de 45, e o irmão caçula de apenas 3 anos.
Após o crime, o adolescente tentou ocultar os corpos jogando-os na cisterna da casa. Na terça-feira (24), ele compareceu à delegacia acompanhado da avó para registrar o desaparecimento da família. No dia seguinte, peritos encontraram vestígios de sangue no colchão do casal e roupas manchadas, além de detectarem um forte odor na residência. Os corpos foram localizados no reservatório de água.

Frieza e falta de arrependimento
Durante o interrogatório, o adolescente demonstrou tranquilidade ao descrever os assassinatos. Ele contou aos policiais que tomou um energético para ficar acordado, pegou a arma escondida sob a cama do pai e efetuou os disparos à queima-roupa. Quando questionado se se arrependia, respondeu que não e que faria tudo novamente.
A arma utilizada era registrada no nome do pai, que tinha porte legal como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). O adolescente ainda usou produtos químicos para limpar parte do local antes de esconder os corpos.
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Motivações em investigação
As autoridades trabalham com duas possíveis motivações: a proibição do relacionamento virtual e o interesse no FGTS do pai. O delegado Carlos Augusto Guimarães, titular da 143ª DP (Itaperuna), afirmou que o adolescente citou a desaprovação dos pais como um dos motivos, mas a hipótese financeira também está sendo apurada.
Além disso, a polícia investiga se a namorada virtual, localizada em Água Boa (MT), teve participação ou influência no crime. Ela foi ouvida pela Polícia Civil do Mato Grosso (PCMT), e seus diálogos com o adolescente estão sendo analisados.
O jovem responderá por ato infracional análogo a triplo homicídio e ocultação de cadáver.