Fotos: Licca Lima/Farol de Notícias
Fotos: Licca Lima/Farol de Notícias

Durante o Programa Falando Francamente, da Tv Farol de Notícias no YouTube, desta sexta-feira (27), Giovanni Sá recebeu o professor Daniel Augusto de Lima, morador do bairro Ipsep, em Serra Talhada. Ele teve paralisia no nervo óptico central do olho direito, há dois anos, o que resultou na perda de 90% da visão neste olho e lhe impediu de continuar exercendo sua profissão.

Desde o ocorrido, o professor precisa realizar acompanhamento  com médico especialista em retina, no Altino Ventura de Serra Talhada. Entretanto, após diversas tentativas de marcação de consultas, ele foi informado por um dos pacientes que também precisa deste tipo de atendimento, que por falta de repasse de valores pela gestão municipal, os atendimentos não estariam sendo realizados, o que dificulta ainda mais a vida de quem precisa do tratamento. O professor então procurou a secretária municipal de saúde, porém, não teve uma justificativa concreta sobre o ocorrido.

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“Netes dois anos e dois meses, eu estou em tratamento no Altino Ventura e a dificuldade é continua de se conseguir um médico especialista, desde o primeiro momento, quando ainda era no Alto da Conceição. Com o médico de retina só tinha consulta, no minímo de 2 em 2 meses. Eu estive em Recife, no mês de abril, fiz uma bateria de exames, a médica me solicitou algumas sessões de laser que são feitas pelo médico especialista em retina e também aplicações de injeções, que não são aplicadas aqui em Serra Talhada. É um procedimento caro e só tem em Recife. No caso do laser, nós temos o equipamento aqui e já fiz uma sessão aqui, mas não foi concluída porque o equipamento deu uma pane e foi prescrito novamente três sessões”, explicou Daniel, continuando:

“Quando retornei do Recife, as funcionárias me informaram que não tinha agenda para o médico de retina em abril e que era para eu retornar no final de maio, aqui em Serra. Em maio também não tinha agenda e me pediram para retornar depois do São João. Ontem fui lá no shopping, por volta de 10h30 da manhã, peguei a ficha e tinha 172 pessoas na minha frente para marcar esta consulta e agendar uma data e fui atendido por volta de 4h30 da tarde para marcar esta sessão. Quando cheguei lá, a moça disse que não tinha agenda e para eu retornar no final de julho, pela quarta vez”.

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PREFEITURA EM DÉBITO

“Tinham duas pessoas para marcar o médico de retina e uma delas disse que o motivo pelo qual não ter médico especialista em retina, é que a prefeitura não está repassando os valores que competem a prefeitura, foram comentários de usuários do sistema, de que a prefeitura estaria em débito com a prefeitura e por isso não tinha médico. Hoje eu fui na secretária de Saúde, tentaram justificar que não tinha médico por várias razões, mas não citaram que foi por falta de dinheiro e a Ouvidoria também não soube explicar e eu disse que denunciaria isso na imprensa”, finalizou.

OUTRO LADO

A reportagem do Farol entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da gestão municipal, para apurar os fatos e a Secretaria de Saúde, encaminhou uma nota sobre a demanda apresentada pelo leitor. Confira:

Nota de Esclarecimento

A Secretaria de Saúde informa que a regulação para a primeira consulta no Instituto Altino Ventura é realizada pelo setor de regulação do município. As consultas subsequentes, no entanto, passam a ser de responsabilidade do próprio Instituto, que agenda os atendimentos conforme sua demanda interna. Dessa forma, eventuais dúvidas sobre o agendamento das consultas de retorno devem ser esclarecidas diretamente com o Altino Ventura.

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