
Nesta sexta-feira (27), uma auxiliar de escritório, moradora do bairro São Cristovão, em Serra Talhada, procurou a reportagem do Farol de Notícias, para fazer um relato de uma situação vivenciada por ela nesta semana, no Hospam.
A mulher, que pediu para ter sua identidade preservada, procurou o hospital, na última quarta-feira (25), para fazer uma curetagem. Ela recebeu medicações e atendimento durante quase dois dias e na noite de ontem, foi encaminhada para Afogados da Ingazeira, após ser informada pela médica que a atendeu, que não haveria médico hoje.
CONFIRA O RELATO NA ÍNTEGRA
“No dia 25/06 eu dei entrada pra poder fazer uma curetagem, aborto retido. Chegando lá, me internaram e colocaram 4 comprimidos na minha vagina, na parte da manhã, para poder dilatar o colo do útero. Comecei a sentir dores forte e colocaram um remédio na veia, passou a tarde mais 4 remédios e eu só sangrando. Quando foi na quinta-feira, na parte da manhã, fizeram o toque novamente e disseram que não tinha como fazer e colocaram mais 4.
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Eu já estava me sentindo fraca, só tendo sangramento porque não me deram soro, não me deram nada. A tarde, comecei a sentir mais dor, cólicas fortes, minha sogra estava comigo e foi falar com um enfermeiro para dizer que eu estava sentindo dores. Ele disse que iria fazer o toque pra ver se esava aberto o útero e ele veio com mais remédios. Eu neguei porque não estava tendo mais sangramento e eu estava fraca porque não tomei soro, disse que não iria tomar e queria fazer um ultrassom, ela falou que ultrassom era tempo perdido para mim poder ver como estava por dentro”, disse a paciente, concluindo:
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“A médica que estava de plantão veio falar comigo que se eu não quisesse tomar isso, era um problema meu e que se acontecesse alguma coisa ela não teria nada a ver. Chorei, fiquei aperreada, porque só colocando remédio em mim e nada de resolver. Um psicólogo veio falar comigo, que eu continuasse, que era para meu bem. Eu aceitei tomar mais 4, quando foi por volta de umas 19h.
A médica retornou no quarto, fez o toque e ela disse que estava se dilatando, mas ainda estava fechado e que hoje, sexta-feira, não teria médico e que iria me transferir para Afogados porque não faltava médico para me atender. Os médicos, enfermeiras são top, fiz minha curetagem 3h:15 da manhã aqui em Afogados da Ingazeira e estou tomando soro, coisa que no Hospam, nem isso colocaram para mim tomar”.
OUTRO LADO
A reportagem do Farol entrou em contato com a direção do Hospam, para apurar os fatos e os diretores se pronunciaram por meio de nota. Confira:
Nota de esclarecimento
“Prezados leitores do Farol, população, através desta nota, esclarecemos que a referida paciente deu entrada no Hospam, onde recebeu total assistência pela equipe médica e de enfermagem. Sendo avaliada, onde foi constatado aborto retido.
Para se fazer o procedimento de curetagem exige um processo, uma vez que para realizá-lo o colo uterino deve está aberto e para isto, é necessário medicação e isto requer tempo para a abertura total do colo.
Na quinta feira a paciente fez todo o protocolo, porém a médica tomou a decisão de realizar a transferência pois no dia seguinte não teríamos Tocoginecologista de plantão, pois a mesma está de férias no período de julho.
Em nenhum momento fomos negligentes com a paciente, pois a transferência é necessária para que a paciente realizasse o procedimento. Para garantir a segurança da paciente e o tempo para a abertura do colo, nossa médica decidiu transferir. Nossa missão é cuidar de cada um que nos procura!
E mais uma vez nos colocamos à total disposição da paciente e da população em caso de dúvidas.
Atenciosamente
Leonardo Carvalho – Diretor Geral
Irving Pereira – Diretora Médica
8 comentários em Serra-talhadense diz que foi transferida por falta de médico no Hospam