Jimmy Swaggart, televangelista americano, morre aos 90 anos - Foto: Jimmy Swaggart/Facebook/Divulgação
Foto: Jimmy Swaggart/Facebook/Divulgação

Com informações do g1

O controverso televangelista americano Jimmy Swaggart morreu nesta terça-feira (1) aos 90 anos, em sua cidade natal, Baton Rouge, na Louisiana. A informação foi confirmada em um post em sua página oficial no Facebook, que não detalhou a causa do óbito.

Swaggart foi uma das figuras mais influentes – e depois polêmicas – do neopentecostalismo carismático nos EUA, acumulando milhões de seguidores e uma fortuna multimilionária com seu ministério midiático. Sua carreira, no entanto, entrou em declínio após uma série de escândalos sexuais que abalaram sua imagem pública.

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A queda do pregador

O primeiro golpe veio em 1988, quando Swaggart foi flagrado em um hotel de Nova Orleans com a prostituta Debra Murphree. As imagens de vigilância, supostamente encomendadas por um rival religioso, viralizaram e mancharam sua reputação. Na época, Murphree afirmou que não houve relação sexual, mas que ele pagou para vê-la nua – detalhes que mais tarde foram explorados pela revista Penthouse.

Em um sermão emocionado naquele mesmo ano, Swaggart chorou diante das câmeras e pediu perdão, sem mencionar diretamente o caso. “Pequei contra vocês. Peço que me perdoem”, disse aos fiéis. Pouco depois, foi expulso das Assembleias de Deus após recusar uma suspensão de um ano de suas pregações.

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Novos escândalos e ostracismo

Apesar da tentativa de redenção, novos problemas surgiram em 1991, quando Swaggart foi detido na Califórnia com outra prostituta, Rosemary Garcia. A polícia relatou que ele dirigia um Jaguar sem registro e tentou esconder revistas pornográficas ao avistar a viatura. O caso virou piada no programa Saturday Night Live, onde foi satirizado pelo comediante Phil Hartman.

Nos anos seguintes, Swaggart manteve um ministério independente, ajudado por seu filho Donnie, mas nunca recuperou o mesmo prestígio. Sua igreja continuou ativa com transmissões de rádio em 21 estados e uma audiência global pela internet.

Apesar da queda, Swaggart permanece como uma figura emblemática – e contraditória – do evangelicalismo midiático, cuja trajetória misturou fervor religioso, escândalos e uma tentativa frustrada de redenção.