Na manhã desta quarta-feira (9), a reportagem do Farol de Notícias esteve no Programa Nacional de Imunização, PNI, de Serra Talhada, para conversar com a enfermeira e coordenadora, Marjorie Leite, sobre a atual campanha de vacinação contra a gripe. Na cidade, a campanha teve inicio no começo de abril e embora tenha tido um bom alcance da população em geral, o público prioritário, formado por crianças, gestantes e idosos, ainda não foi totalmente vacinado.
De acordo com informações da coordenadora, a vacinação tem apresentado uma baixa adesão do público não apenas na cidade, como também no estado e a nível nacional. Em virtude disso, a Secretaria Municipal de Saúde tem desenvolvido diversas ações com a finalidade de promover uma maior quantidade de pessoas vacinadas. Marjorie destacou que já foi realizada a vacinação em diversos ambientes como escolas, feira livre, postos de saúde, na zona rural e também na zona urbana de Serra Talhada e reforçou a importância da vacinação para todos os públicos.
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“Em Serra Talhada, até o momento, tivemos uma adesão de apenas 44% de adesão de vacinação, que foram administradas de forma correta. Do público prioritário, que é formado por idosos e crianças menores de seis anos e maiores de seis meses e gestantes. A vacinação começou no dia 7 de abril e está disponível para toda a população, de segunda a sexta-feira, das 7h, às 17h, tanto nos postos de saúde, como também aqui no PNI, mas estamos tendo uma baixa adesão geral, não só aqui, mas a nível estadual e também nacional”, disse Marjorie.
“Aqui em Serra Talhada, estamos com várias ações, realizamos busca ativa diariamente, tanto na cidade quanto na zona rural, para levar a vacinação para toda a população. Por isso, já levamos a vacinação aos bairros, as escolas, para a zona rural, para a feira livre também. Eram cerca de 7 mil crianças para fazer vacina e aproximadamente 13.415 idosos, desse total, foram vacinados 6.109 idosos e 3.361 crianças, por isso estamos intensificando as ações”, explicou a enfermeira, continuando:
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“É de extrema importância também termos o apoio dos familiares e dos cuidadores dos idosos, além de que os pais levem as crianças para realizarem a vacinação, tendo em vista que é algo seguro e não só vai evitar o adoecimento, como também, evitar que caso adoeçam, a situação acabe se agravando. Os pais precisam tomar consciência e terem a responsabilidade de procurar de fato o postinho ou mandar o cartão para a escola, no dia da vacinação. Neste período do ano, é bem comum que aconteçam casos de pneumonia, bronquiolite, Influenza A em crianças e por isso, a gente reforça a necessidade da vacianação”
ATENDIMENTOS HOSPITALARES
Com a chegada do inverno, período em que a temperatura costuma cair, o Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães, HOSPAM, tem tido um aumento considerável, na busca por atendimentos em decorrência de síndromes gripais. Embora a maior parte dos sintomas tenham sido apresentados por crianças, adultos também têm procurado por atendimento na unidade.
De acordo com informações do setor de Vigilância Epidemiológica do Hospam, os registros são diários e costumam ser maiores durante este período ano, sobretudo em crianças menores.
Neste público, o cuidado deve ser ainda maior, para evitar que os sintomas acabem evoluindo para casos mais graves, por isso, o hospital não só tem ampliado sua capacidade de atendimento ao público infantil, como também tem realizado a imunização em pacientes da pediatria.
“Na pediatria, está tendo muitos atendimentos por casos de gripes e na emergência adulto também, mas os casos da pediatria são muito maiores, porque os casos ficam mais graves e foi necessário até abrir leitos extra, para conseguir comportar neste período sazonal, que ocorre o aumento grave de bronquiolites. Diante disso, também estamos tendo imunização das crianças imunosuprimidas e com má formação, que estão recebendo as vacinas, para evitar casos de bronquiolite”, destacou Rilda Pereira.
PREVENÇÃO E CUIDADOS
A reportagem do Farol também conversou com o otorrino Dr. Robson Oliveira, que trouxe importantes recomendações, diante de mudanças climáticas e da chegada do inverno, que podem desencadear não só sindromes gripais, como também doenças respiratórias, entre outras. De acordo com o otorrino, neste período do ano é bastante comum que as pessoas sofram com algum tipo de incômodo ou agravamento de doenças já existentes, diante disso, é necessário ter cautela e evitar a automedicação, para que a situação não piore e se necessário, sempre buscar atendimento médico. Entretanto, há alguns cuidados que podem ajudar a evitar problemas que comprometam a saúde:
“Neste período do inverno, a gente tem a preocupação de se agasalhar bem, tomar bastante liquido, ter uma alimentação saudável, mas as vezes a gente acaba se expondo e acaba não tendo a possibilidade de estar bem protegido e acaba tendo as famosas ites, que são otites, rinites e faringites, por isso, é muito comum surgirem as infecções respiratórias neste período, então é extremamente importante ter alguns cuidados como: agasalhar mais; alimentar-se melhor; consumir líquidos, sucos de frutas e fontes de vitamina C; atenção para limpeza e arejar o ambiente doméstico”.
2 comentários em Vacinação contra a gripe em ST ainda não atingiu 50% e preocupa técnicos